Um revés de 8,5 mil milhões de euros para a França e as suas fragatas

A Noruega aceitou a proposta britânica para fornecer suas futuras fragatas, um novo revés para o Grupo Naval Francês, que já havia sido excluído há poucos dias de um megacontrato para submarinos no Canadá. "A Noruega comprará fragatas britânicas para nossa defesa" como parte de uma parceria estratégica com o Reino Unido, anunciou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, em uma coletiva de imprensa em Oslo.

Além do Reino Unido, com as fragatas Tipo 26 construídas pela BAE Systems, e da França, com as fragatas de defesa e intervenção (FDI) do Naval Group, a Alemanha e os Estados Unidos estavam na disputa para fornecer cinco ou seis navios, um contrato estimado em mais de 100 bilhões de coroas (7,95 bilhões de francos suíços).

Os modelos britânicos, criticados por alguns na Noruega por conterem componentes israelenses e franceses, foram inicialmente considerados os favoritos. O presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chanceler Friedrich Merz visitaram a Noruega nos últimos meses e elogiaram suas respectivas propostas.

"É o desempenho e a estreita parceria que formaram a base da nossa crença compartilhada de que a fragata britânica é a melhor, bem como a estreita integração entre as marinhas norueguesa e britânica ao longo do tempo", disse Jonas Gahr Støre. Membro da OTAN, a Noruega compartilha uma fronteira marítima no Mar de Barents com a Rússia, que opera a poderosa Frota do Norte na região.

Idênticas às fornecidas à Marinha Real, as fragatas Tipo 26, com capacidade antissubmarino, serão entregues à Marinha Norueguesa a partir de 2030. Essa escolha, que ainda precisa ser ratificada pelo Parlamento Norueguês, representa uma nova decepção para o Naval Group, que já havia sido rejeitado na semana passada pelo Canadá para um contrato de doze submarinos. Este contrato será decidido entre a alemã ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) e a sul-coreana Hanwha Ocean.