Na Grécia, um sistema de saúde pública ainda em desordem

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Na Grécia, um sistema de saúde pública ainda em desordem

Na Grécia, um sistema de saúde pública ainda em desordem
Dr. Giorgos Vichas no Centro Regional de Saúde de Kalyvia, perto de Atenas, em 17 de julho de 2025. LOUIZA VRADI PARA "LE MONDE"

Em 2011, o cardiologista Giorgos Vichas e seis colegas abriram uma clínica social em Ellinikon, subúrbio ao sul de Atenas, para atender às necessidades dos milhares de desempregados de longa duração que, por não terem plano de saúde, não tinham mais acesso gratuito ao hospital público. Quando, em 2015, o governo de esquerda (Syriza) aprovou uma lei permitindo a readmissão de pessoas sem plano de saúde em hospitais públicos, a clínica Ellinikon tornou-se menos essencial. Mas as instituições públicas rapidamente se viram em dificuldades. "Para os desempregados de longa duração, essa reforma foi um avanço. Mas o problema é que o financiamento fornecido pelo Estado para cobrir o atendimento dessas pessoas adicionais não é suficiente. Como resultado, os hospitais estão endividados e carecem de tudo..." , enfatiza o cardiologista.

Tanto que, mesmo depois de 2015, os clientes regulares continuaram a frequentar a clínica Ellinikon porque "ainda se sentiam estigmatizados no hospital público, ainda não tinham acesso a certos medicamentos superfaturados e os tempos de espera para tratamento ainda eram longos", lembra Giorgos Vichas. Mas a clínica social não durou. Teve que fechar em março de 2020, no início da crise da Covid-19, para dar lugar a um complexo de luxo composto por arranha-céus, residências, um shopping center, hotéis e até um cassino.

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