Copa do Mundo Feminina da FIFA deve se expandir para 48 seleções no torneio de 2031 após 'avanços notáveis'

Antes da Copa do Mundo Feminina de 2031, o torneio deverá expandir de 32 para 48 países. Essa mudança o alinhará com a Copa do Mundo masculina, que também será expandida para 48 países antes da edição de 2026, que acontecerá nos Estados Unidos, Canadá e México. Essa expansão ocorre depois que a Copa do Mundo Feminina passou de 24 para 32 seleções, um salto que entrou em vigor na Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia.

"Após consulta às confederações e outras partes interessadas, e considerando os notáveis ​​avanços recentes do futebol feminino em todo o mundo, o Conselho da FIFA decidiu por unanimidade expandir o número de seleções participantes da Copa do Mundo Feminina da FIFA de 32 para 48 a partir da edição de 2031", afirmou a FIFA em um comunicado. A decisão, tomada em uma reunião virtual, ampliará significativamente a representatividade, oferecendo a mais nações e jogadoras acesso a competições de elite e acelerando o investimento no futebol feminino em todo o mundo."

A Copa do Mundo Feminina da FIFA, com 48 seleções, adotará um formato de 12 grupos, aumentando o número total de partidas de 64 para 104 e estendendo o torneio em uma semana. Os requisitos de sede para as edições de 2031 e 2035 da Copa do Mundo Feminina da FIFA foram adaptados em conformidade.

Com as melhorias no futebol feminino, a expansão foi necessária, já que o torneio incluiu apenas 24 equipes antes de passar para 32. Houve sugestões de expansão para mais de 48 na Copa do Mundo masculina, mas isso é algo que seria controverso devido às crescentes demandas por jogadores ao redor do mundo.

A Espanha buscará defender seu título da Copa do Mundo Feminina na próxima edição do torneio, que contará com 32 seleções. O torneio, que será realizado no Brasil em 2027, acontecerá de 24 de junho a 25 de julho. Sob o comando de Emma Hayes, a seleção feminina dos Estados Unidos buscará melhorar nesse torneio. Na Copa do Mundo de 2023, a seleção foi eliminada pela Suécia nas oitavas de final, após uma derrota por 5 a 4 nos pênaltis. Embora o aumento de seleções dificulte a conquista da Copa do Mundo Feminina, também facilitará a vitória da seleção feminina dos Estados Unidos em seus grupos, o que pode criar um caminho mais favorável nas eliminatórias.

FIFA revisa código disciplinar sobre racismo

Juntamente com as atualizações sobre a expansão, o conselho da FIFA também revisou seu código disciplinar para combater o racismo. Essa revisão inclui novas medidas que visam combater comportamentos discriminatórios dentro e fora de campo. Essas medidas incluem sanções mais severas para o racismo, como multas mais altas e a possibilidade de perda de jogos. O processo de três etapas para a interrupção de jogos devido a cânticos anti-LGBTQ também foi atualizado para incluir o racismo. As associações-membro precisarão adotar esses códigos e a FIFA também terá o direito de recorrer de casos envolvendo abuso racista junto ao Tribunal Arbitral do Esporte.

"O Código Disciplinar revisado representa uma mudança radical no objetivo da FIFA de aprimorar sua estrutura regulatória para processar e sancionar discriminação e abuso racista em cooperação com nossas 211 Associações-Membro da FIFA", disse o presidente Gianni Infantino.