Os principais produtores de combustíveis fósseis são em grande parte responsáveis ​​pelas ondas de calor

Uma foto em preto e branco de um executivo sênior com uma maleta em chamas na mão estampa a capa do semanário britânico Nature , um instantâneo do passado. Este homem representa os executivos de empresas de combustíveis fósseis, cujas emissões contribuíram significativamente para a ocorrência e a intensidade das ondas de calor nos últimos 20 anos.

Um estudo único, publicado pela revista, aponta claramente sua responsabilidade pela primeira vez.

Pesquisadores liderados por Sonia Seneviratne, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique, demonstraram que dezenas das 213 ondas de calor ocorridas entre 2000 e 2023 em todos os sete continentes não teriam ocorrido sem o aquecimento global. Isso tornou a probabilidade de ondas de calor vinte vezes maior entre 2000 e 2009 e até duzentas vezes maior entre 2010 e 2019, em comparação com o período entre 1850 e 1900.

"Por vinte anos, climatologistas atribuíram tempestades, secas e ondas de calor ao aquecimento global. Agora, eles estão estudando a parcela de responsabilidade dos produtores de combustíveis fósseis", explica a Nature em umartigo popular .

Os pesquisadores demonstraram a contribuição de cada um dos 180 maiores produtores de combustíveis fósseis e cimento para cada onda de calor.

“Como cientista, não me cabe dizer quem é legalmente responsável por esses eventos”, alerta Yann Quilcaille, principal autor do estudo. Ele continua:

“Por outro lado, posso dizer que esses grandes grupos contribuem para as ondas de calor, tornando-as mais intensas e frequentes.”

Este estudo, no entanto, marca um passo importante para esclarecer as responsabilidades pela crise climática.