Sheinbaum insiste que Mayo deve acompanhar as declarações com evidências

A presidente Claudia Sheinbaum Pardo descartou qualquer acordo específico entre os governos do México e dos Estados Unidos para que Zambada compartilhasse informações sobre possíveis laços com políticos ou autoridades.
"Há comunicação sobre muitas questões. Em particular, sobre esta, não há; não temos conhecimento", comentou ele durante a coletiva de imprensa matinal de ontem.
Sheinbaum Pardo enfatizou que qualquer declaração de Zambada García não tem valor se não for apoiada por evidências e apresentada pelas autoridades judiciais apropriadas.
"Não (estamos preocupados com as declarações dele). Vamos ver, seja lá o que ele vá declarar, e se o Ministério Público dos Estados Unidos levantar a questão, qualquer questão relacionada ao México terá que passar por provas e pela Procuradoria-Geral da República. Há um procedimento", afirmou.
Sem colaboração
A presidente mexicana também afirmou que seu governo não recebeu nenhuma informação nova dos Estados Unidos sobre Ismael el Mayo Zambada.
Quando questionado se o governo mexicano havia solicitado ou recebido alguma informação após a captura e extradição do narcotraficante em julho de 2024, o presidente mexicano explicou que as autoridades americanas "não forneceram nenhuma informação nova ao Ministério Público, ao Ministério da Segurança ou às Relações Exteriores".
Desde 2024, o então presidente Andrés Manuel López Obrador indicou que seriam solicitadas informações ao governo dos Estados Unidos sobre a captura de Zambada.
Após a mudança de governo em outubro do mesmo ano, Sheinbaum manteve o pedido, sem sucesso.
Acordo de Segurança
Enquanto isso, o presidente mexicano anunciou ontem que uma reunião com Marco Rubio, Secretário de Estado dos EUA, provavelmente ocorrerá na primeira semana de setembro para confirmar a assinatura de um novo acordo de segurança.
Conforme explicou o chefe do poder executivo federal há alguns dias, este acordo bilateral tem como objetivo coibir a entrada de precursores químicos para a produção de fentanil e outras drogas sintéticas, além de fortalecer a cooperação bilateral em inteligência, tráfico de armas e combate à dependência química.
"(Este) acordo de segurança, que será assinado no momento oportuno, abrange os princípios que sempre defendemos, que são: respeito à soberania, ao nosso território; a confiança que deve existir entre os dois países; e colaboração e cooperação sem subordinação", afirmou após sua última ligação com seu homólogo americano, Donald Trump, em 31 de julho.
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