Estilo de vida saudável pode prevenir declínio cognitivo em idosos

Idosos que adotam certas mudanças no estilo de vida podem prevenir ou retardar a perda cognitiva. É o que mostra uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos e publicada no último dia 28 de julho no periódico Jama. “Trata-se de um dos artigos mais recentes a reforçar o impacto do comportamento saudável na saúde do cérebro”, comenta o neurologista Ivan Okamoto, do Einstein Hospital Israelita.
Os autores chegaram à conclusão após acompanhar durante dois anos mais de 2 mil idosos com idades entre 60 e 79 anos e com alta probabilidade de desenvolver demência. Todos eram sedentários, tinham uma alimentação considerada pouco saudável, histórico familiar de perda de memória e risco cardiovascular.
Para comparar o efeito das mudanças no estilo de vida, os pesquisadores dividiram os voluntários em dois grupos. Um deles seguiu uma intervenção estruturada, com monitoramento próximo dos pacientes, encontros periódicos, suporte e determinadas metas. Esses idosos receberam uma prescrição detalhada de atividade física, com objetivos para treinos aeróbicos e de resistência, bem como orientações sobre alimentação combinando dieta mediterrânea e pouco sal, além de atividades intelectuais e check-ups de saúde periódicos.
Já o outro grupo foi apenas orientado a adotar mudanças saudáveis por conta própria, incluindo alimentação e exercícios, mas sem acompanhamento nem metas. Ao final, ambos tiveram queda no risco de declínio cognitivo, mas os resultados foram melhores na turma que foi acompanhada de maneira mais rigorosa.
“O que está por trás desse benefício é o desenvolvimento da reserva cognitiva”, explica Okamoto. “Antes, acreditava-se que acima dos 50 anos não era possível minimizar o decaimento natural que ocorre com a idade. Hoje, sabe-se que manter uma rotina saudável, com atividade física e alimentação, e estímulos como conexões sociais, ajuda a minimizar esse decaimento.”
Para os autores do estudo, o resultado mostra que é possível afastar fatores de risco modificáveis para perda cognitiva com intervenções não farmacológicas, que podem ser implementadas de maneira fácil e eficaz.
Fonte: Agência Einstein
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