Zelensky nos EUA. Trump diz que Kiev pode acabar com guerra

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Os serviços secretos russos (FSB) anunciaram ter frustrado uma alegada tentativa de ataque ucraniano à ponte da Crimeia, referem esta segunda-feira as agências TASS e RIA Novosti.
De acordo com a nota divulgada, um automóvel foi identificado e continha um engenho explosivo de fabrico caseiro que foi desarmado, tendo as autoridades russas detido os supostos envolvidos. “O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa frustrou mais uma tentativa dos serviços especiais ucranianos de realizar um ataque terrorista na Ponte da Crimeia usando um carro carregado de explosivos”, lê-se no comunicado do FSB.
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Uma explosão numa fábrica russa na região de Ryazan provocou pelo menos 20 mortos e 134 feridos, avançou hoje a agência RIA Novosti.
De acordo com os dados fornecidos pelas autoridades, 31 pessoas encontram-se internadas em hospitais de Ryazan e Moscovo. O incêndio deflagrou na sexta-feira na fábrica, na vila de Lesnoy, tendo sido declarado estado de emergência no distrito de Shilovsky.
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Depois da reunião com Putin, Trump reúne-se hoje com Zelensky, que leva para Washington os pesos-pesados europeus. A Ucrânia ainda à espera da paz. Bruno Cardoso Reis, historiador, é o convidado.
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Na antecâmara da reunião com Volodymyr Zelensky e os líderes europeus nesta segunda-feira em Washington, Donald Trump salientou, numa partilha na sua rede Truth Social, que o Presidente da Ucrânia tem o poder para terminar a guerra com a Rússia.
“O presidente Zelensky pode acabar com a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar a lutar. Lembre-se de como tudo começou. Não há volta a dar: Obama cedeu a Crimeia (há 12 anos, sem um único tiro ser disparado!) e a Ucrânia não entrou na NATO. Algumas coisas nunca mudam!”, escreveu o Presidente dos EUA.
Numa noite em que fez várias publicações online, Trump manifestou ainda o seu contentamento por receber tantos líderes europeus em Washington ao mesmo tempo.
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Os ataques russos a território ucraniano nas últimas 24 horas resultaram na morte de oito civis, causando ainda ferimentos noutras 35 pessoas, revelou hoje o jornal Kyiv Independent, suportado por dados das autoridades locais.
Na região de Kharkiv, um ataque russo matou pelo menos quatro civis e feriu 18, segundo o governador Oleh Syniehubov, danificando também uma dúzia de edifícios e vários veículos. Já na zona de Zaporijia, uma criança morreu e outras seis pessoas ficaram feridas, na sequência de mais de 500 ataques a 14 cidades, referiu o governador Ivan Fedorov. Vadym Filashkin, governador da região de Donetsk, adiantou também a morte de três pessoas e ferimentos noutras sete após ataques russos.
As investidas russas surgem na sequência do encontro de sexta-feira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, com o seu homólogo dos EUA, Donald Trump, no Alasca, sem que dessa reunião tenha surgido qualquer compromisso para um cessar-fogo ou suspensão das hostilidades na Ucrânia.
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Volodymyr Zelensky já está em Washington para as reuniões com o Presidente dos Estados Unidos e vários líderes europeus sobre o futuro da Ucrânia, avança esta segunda-feira a Ukrinform. “Já cheguei a Washington. Vou reunir-me com o presidente Trump. Também conversaremos com líderes europeus. Agradeço ao presidente dos EUA pelo convite”, escreveu o Presidente ucraniano numa publicação no Telegram.
“Todos queremos acabar com esta guerra de forma rápida e fiável. E a paz deve ser duradoura. Não como foi há anos, quando a Ucrânia foi forçada a ceder a Crimeia e parte do nosso leste — parte de Donbass — e Putin usou isso simplesmente como trampolim para um novo ataque. Ou quando a Ucrânia recebeu as chamadas ‘garantias de segurança’ em 1994, mas isso não funcionou. É claro que não valia a pena ceder a Crimeia naquela altura, assim como depois de 2022 os ucranianos não cederam Kiev, Odessa e Kharkiv”, acrescentou, reiterando os agradecimentos pelo apoio dos EUA.
Este será o primeiro encontro entre Zelensky e Trump desde a reunião de sexta-feira entre o Presidente dos EUA e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que, apesar das elevadas expectativas geradas sobre o encontro, não se traduziu num acordo ou cessar-fogo para a guerra.
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Bom dia.
Abrimos agora este artigo liveblog dedicado ao acompanhamento da guerra na Ucrânia. Pode revisitar as últimas informações publicadas pelo Observador sobre este tema nesta ligação.
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observador