Michele Ciacciofera será único italiano na 36ª Bienal de SP

O artista Michele Ciacciofera será o único representante da Itália na 36ª Bienal de São Paulo, que acontece de 6 de setembro a 11 de janeiro no Parque Ibirapuera. Sua participação em um dos principais eventos de arte do país conta com o apoio do Instituto Italiano de Cultura da capital paulista (IIC/SP), que o escolheu devido à "sua trajetória consolidada no cenário artístico contemporâneo e à sintonia de sua poética com o tema curatorial da edição".
Intitulada "Nem todo viandante anda estradas - Da humanidade como prática", a 36ª Bienal parte de um verso da escritora brasileira Conceição Evaristo para criar o conceito gerador desta edição, que reúne mais de 120 artistas e busca "repensar a humanidade como verbo, uma prática viva, em um mundo que exige reimaginar as relações, as assimetrias e a escuta como bases de convivência".
No caso de Ciacciofera, ele acumulou uma linguagem artística multidisciplinar em sua trajetória, que inclui escultura, pintura, desenho, som, instalação, vídeo e teatro, combinando mídias e métodos em sua investigação sobre antropologia, natureza, história, mitologia, política e humanidade.
Nascido na Sardenha em 1969, o italiano participou de diversas manifestações e eventos pelo mundo, tendo apresentado seu trabalho na França, China, Escócia, Irlanda, além da Bienal de Veneza.
"Sua [de Ciacciofera] abordagem transdisciplinar e intergeracional, que constantemente recorre à sua formação em ciências políticas, interesse profundo no ambientalismo e fixação com a memória individual, incorpora pesquisa, ativismo e realidade subjetiva para criar experiências poéticas que dialogam diretamente com o conceito curatorial da humanidade como prática em constante movimento", diz o IIC/SP em comunicado sobre a participação do artista como o único italiano na 36ª Bienal de São Paulo.
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