Whindersson Nunes reflete sobre drogas e ironiza: 'Remédio também é droga'

Ele comparou substâncias naturais como a ayahuasca com drogas sintéticas, apontando o contexto como fator determinante na experiência de quem consome. "Por exemplo, tem o DMT, que é o que o indígena usa na ayahuasca. E tem o LSD que é a mesma propriedade, só que alguém cria em algum fundo de quintal e fala assim: 'Quem tomar essa p*rra aqui vai ter uma viagem cruel' e aí algum desavisado lá na rave, põe na boca e vai parar no hospital, entendeu? Qual desses lados eu ia querer? O indígena, o xamã, a pessoa que vai me levar ao rito espiritual e não me drogar."
O humorista também ironizou sobre o que é considerado "droga" ou "remédio". "Se tivesse a ayahuasca em pílula na drogaria, já não seria droga, seria remédio. Isso muda para as pessoas. Mas remédio [também] é droga, remédio para dormir é droga. Não faz mais efeito? Vou tomar dois, vou tomar três. Tá se drogando."
Em tom irônico, exemplificou comportamentos comuns: "'Eu nunca usei droga'. Mas se sentir o cheiro do Rivotril... 'Ai, me dá cinco gotinhas'."
Para ele, o principal fator é o estado emocional de quem consome. "O que importa muito não é a droga, é a emoção da pessoa. Tem gente que fala 'não sou da turma do pó', mas conheço o mundo das pessoas e quando as pessoas têm intimidade e acham que confiam em você, eu sei que muita gente faz isso, inclusive do meio da medicina, do meio artístico. Eles usam recreativamente, tranquilo e de boa."
O problema é: 'ah, morreu o meu gato'. E aí corre para droga para poder amenizar aquilo. E aí quando você entra nessa é difícil sair. Esse é o problema. É assim desde sempre, é que agora tem mais pesquisa.
uol