Portugal admite reconhecer Estado da Palestina numa declaração conjunta de 15 países

Portugal admite reconhecer o Estado da Palestina e declara-se empenhado em trabalhar no “dia seguinte” em Gaza, segundo uma declaração conjunta assinada também pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Rangel, no final da conferência sobre a solução dos dois Estados, nas Nações Unidas.
“Antes da reunião dos chefes de Estado e de Governo que terá lugar durante a semana de alto nível da 80.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU 80) em setembro de 2025, (…) [os chefes da diplomacia de 12 países europeus, Canadá, Austrália e Nova Zelândia] já reconhecemos, expressámos ou expressamos a vontade ou a consideração positiva dos nossos países em reconhecer o Estado da Palestina, como um passo essencial para a solução de dois Estados”, lê-se no texto da declaração conjunta.
Pela Europa, assinam a declaração, além de Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia que reconheceram a Palestina como estado no ano passado, Andorra, Finlândia, França, Islândia, Luxemburgo, Malta, Portugal e San Marino.
Na declaração conjunta, os 15 países afirmam-se determinados em “trabalhar numa arquitetura para o ‘dia seguinte’ em Gaza que garanta a reconstrução de Gaza, o desarmamento do Hamas e a sua exclusão da governação palestiniana”.
“Exigimos um cessar-fogo imediato, a libertação imediata e incondicional de todos os reféns do Hamas, incluindo os restos mortais, bem como a garantia de acesso humanitário sem obstáculos”, exortam os ministros.
Recorde-se que França anunciou, na semana passada, que fará o reconhecimento formal na Assembleia Geral da ONU em setembro. Na terça-feira, também o Reino Unido manifestou intenção de fazer o mesmo.
Jornal Sol