Após ser alvo de Moraes, Malafaia grava vídeo, chama ministro de ‘ditador’ e diz que ele ‘promove perseguição religiosa’
Em vídeo, Malafaia ataca Moraes após busca e apreensão e fala em perseguição religiosa
De acordo com o pastor, o magistrado age como "um ditador de toga" e estaria "promovendo uma perseguição religiosa".
Na gravação, de pouco mais de 4 minutos, Malafaia diz que teve o celular, três cadernos "com mensagens bíblicas" e o passaporte apreendidos por ordem do STF, no âmbito das investigações sobre tentativa de obstrução de Justiça e coação no processo que apura a trama golpista envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Alexandre de Moraes, o ditador da toga, promove perseguição política e agora religiosa também. Venho denunciando os crimes desse ditador nesses quatro anos”, disse o pastor no vídeo.
“Cheguei de Portugal e no aeroporto fui interceptado pela Polícia Federal. Levaram meu celular, meus cadernos de mensagens bíblicas e até meu passaporte. Que país é esse?”, questionou.
Malafaia afirmou que os cadernos apreendidos continham anotações de pregações e roteiros de vídeos e manifestações.
Ele também criticou o vazamento de informações sobre o inquérito à imprensa, antes mesmo de seus advogados serem notificados.
“Se eu falar do inquérito, sou preso. Mas a Gestapo de Alexandre Moraes vaza tudo”, disse, em referência à polícia política nazista.
O pastor afirmou enxergar um “lado positivo” na exposição, pois, segundo ele, evidenciou sua honestidade, independência e vínculo com a família.
Veja o que revelam as mensagens divulgadas pela PF:
O pastor também se dirigiu diretamente aos demais ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, questionando se teriam “medo” de Moraes.
“Esse cara está jogando o STF na lama. Vocês têm medo dele?”, questionou.
Após sofre busca e apreensão, Sila Malafaia gravou vídeo e atacou Alexandre de Moares — Foto: Reprodução
A PF identificou mensagens trocadas entre Malafaia e Bolsonaro, nas quais o pastor sugeria estratégias para condicionar sanções internacionais à concessão de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro
Malafaia, que não foi formalmente indiciado, está proibido de deixar o país e de manter contato com outros investigados.
Na gravação, Malafaia diz afirmou que enviou vídeos e cartas a líderes religiosos nos Estados Unidos, incluindo o presidente Donald Trump, denunciando o que chama de “perseguição”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda avalia se há elementos suficientes para apresentar denúncia contra o pastor.
Globo