A maioria dos vídeos de ecoinfluenciadores no TikTok contém informações médicas incorretas.

Mais da metade dos materiais médicos e parentais postados no TikTok pelos chamados ecoinfluenciadores que promovem a criação natural, a saúde holística e os tratamentos alternativos contêm informações incorretas, de acordo com uma pesquisa apresentada na conferência anual da Academia Americana de Pediatria, em Denver.
Pesquisadores do East Carolina University Health Medical Center analisaram vídeos populares deste site de mídia social, marcados com as hashtags: #naturalparenting, #antivacine, #holistichealth, #alternativehealing.
Os vídeos foram categorizados com base na identidade do criador (pai, influenciador, profissional de saúde ou anônimo), no tópico do conteúdo, na presença de desinformação e nas métricas de engajamento, incluindo visualizações, curtidas e compartilhamentos. Desinformação foi definida como conteúdo que contradizia as recomendações da Academia Americana de Pediatria ou dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Descobriu-se que , dos 120 vídeos analisados, 61% continham conteúdo inconsistente com as diretrizes pediátricas.
A maioria dessas gravações (80%) foi preparada por pais e influenciadores, não por pessoas com formação médica ou relacionada.
É preocupante que vídeos contendo desinformação tenham gerado um engajamento significativamente maior dos usuários, com uma média de 583.000 visualizações por vídeo, em comparação com 214.000 visualizações de conteúdo baseado em evidências.
As informações incorretas mais comuns incluíram: questionar a segurança das vacinas (36%), promover tratamentos naturais em vez de terapias comprovadas (29%), mitos sobre amamentação e nutrição infantil (18%) e rejeitar cuidados pediátricos convencionais (17%).
"Como pediatras, vemos os efeitos da desinformação online todos os dias. Este estudo mostra a rapidez com que falsas alegações de saúde podem se espalhar nas redes sociais e como é importante para nós ajudar os pais a interpretar o conteúdo que encontram online", disse a autora principal, Dra. Maria A. Canas-Galvis.
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