Nova política do Instagram e do Facebook ameaça campanhas governamentais, preocupa ministro

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Nova política do Instagram e do Facebook ameaça campanhas governamentais, preocupa ministro

Nova política do Instagram e do Facebook ameaça campanhas governamentais, preocupa ministro

Ainda não está claro quantas campanhas governamentais serão afetadas. "Ainda estamos avaliando isso", disse Rijkaart à RTL Nieuws hoje. "Mas a preocupação é que o impacto seja muito significativo."

A Meta anunciou que a partir de segunda-feira, 6 de outubro, às 18h, não serão mais permitidos anúncios de partidos políticos, nem anúncios sobre questões sociais.

Isto é resultado da nova legislação da UE. Ela estipula que os anúncios políticos se tornarão mais transparentes. Por exemplo, deve ficar claro quem pagou pelo anúncio, e regras mais rígidas de segmentação serão introduzidas, permitindo que os anunciantes determinem exatamente quem vê o anúncio.

Sem anúncios políticos

Em resposta às novas regras, a Meta, o Google e outras empresas decidiram proibir completamente os anúncios políticos. A Meta afirma estar sendo "forçada" a fazê-lo porque, caso contrário, teria que oferecer "um produto não funcional, sem garantia de que a solução estará em conformidade com os regulamentos".

Esta é uma decisão com impacto significativo para os partidos políticos. Especialmente em períodos eleitorais, verbas significativas são investidas em publicidade nas redes sociais. É uma forma de alcançar as pessoas com precisão, já que as redes sociais têm amplo conhecimento de seus clientes. Esses partidos agora precisam encontrar outras maneiras de encontrar potenciais eleitores.

Mas isso também é evidente para o governo holandês, que também está anunciando intensamente nas redes sociais da Meta. Um porta-voz do Ministério do Interior responsável explica que é uma boa maneira de atingir certos grupos-alvo que quase não usam mais a mídia tradicional, como TV, rádio e jornais. A possibilidade de que isso não seja mais possível a partir de segunda-feira é, portanto, motivo de preocupação.

O ministério consultou a Meta, mas não há clareza. Nenhuma nova consulta foi agendada e é improvável que aconteça antes da noite de segunda-feira.

Médicos Sem Fronteiras

Não apenas campanhas governamentais são afetadas, mas também as de instituições de caridade — por exemplo, aquelas voltadas para direitos humanos, clima, saúde ou pobreza. Elas também usam as mídias sociais para divulgar seu trabalho e, claro, para recrutar doadores.

E é por isso que organizações como Médicos Sem Fronteiras, Plan International e Greenpeace também estão preocupadas.

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"Esta decisão tem consequências graves para instituições de caridade e organizações sociais", afirma Margreet Plug, diretora da organização que reúne a Goede Doelen Nederland (Instituições de Caridade da Holanda). "Ela impacta diretamente o trabalho das instituições de caridade: elas alcançam menos pessoas com sua mensagem social, o que é crucial neste momento."

Plug ressalta que a legislação europeia contra mensagens políticas visa fortalecer o Estado de Direito democrático. "A interpretação estrita da Meta está agora tendo um efeito contraproducente: proibir campanhas de organizações da sociedade civil que defendem a justiça, a solidariedade e os grupos vulneráveis."

RTL Nieuws

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