Estados Unidos: O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência na terça-feira sobre os reféns de Gaza.

O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência na terça-feira para discutir a questão dos reféns em Gaza, anunciou o embaixador de Israel no domingo, enquanto cresce a indignação sobre a situação deles no enclave devastado pela guerra e ameaçado pela fome.

Danny Danon, embaixador de Israel nas Nações Unidas, anunciou a reunião nas redes sociais, dias após a divulgação de vídeos mostrando dois reféns israelenses gravemente debilitados. Ele disse que o Conselho se reunirá "nesta terça-feira para uma reunião de emergência sobre a grave situação dos reféns em Gaza".

O CICV solicitou

A publicação, desde quinta-feira, pelo movimento islâmico palestino e seu aliado Jihad Islâmica, de três vídeos mostrando esses dois reféns israelenses muito debilitados causou comoção e reavivou o debate em Israel sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rápido possível para libertar esses prisioneiros, sequestrados durante o ataque sem precedentes do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu solicitou no domingo ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) "para fornecer comida" e "tratamento médico" aos reféns.

Pouco depois, o braço armado do Hamas declarou que estava pronto para responder "positivamente" a qualquer solicitação do CICV, mas primeiro exigiu "a abertura de corredores humanitários (...) para a passagem de alimentos e medicamentos" para a Faixa de Gaza.

"Sem tratamento preferencial"

As Brigadas Qassam "não privam deliberadamente os prisioneiros de comida", disse o movimento, acrescentando que os reféns "não receberão nenhum tratamento preferencial enquanto o bloqueio e a política de fome continuarem".

Os vídeos divulgados pelo Hamas fazem referência à situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza. O território palestino, totalmente dependente de ajuda humanitária, está ameaçado de "fome generalizada", segundo a ONU.

Organizações internacionais denunciam obstruções repetidas por parte das autoridades israelenses, que alimentam a desordem. Segundo fontes humanitárias e especialistas, a ajuda, que chega aos poucos, também está sendo saqueada por gangues em meio ao caos.