“Vamos bloquear tudo”, ou os franceses fartos

Há meses, circulam nas redes sociais apelos por uma paralisação generalizada nesta quarta-feira, 10 de setembro. Foi a proposta de orçamento para 2026, com suas medidas de austeridade, que realmente lhes deu força, analisa o Die Zeit. O jornal alemão de esquerda relembra as origens de um movimento ao mesmo tempo nebuloso e radical.
É um movimento generalizado, porém radical. Seu objetivo: paralisar a França, bloqueando assim as políticas de austeridade do governo Bayrou. O dia já está marcado: 10 de setembro, com manifestações planejadas em todo o país em resposta ao chamado "Bloqueiem Tudo", que viralizou na França nas últimas semanas.
Fala-se em greves, bloqueios de estradas, boicotes... [Nesta quarta-feira], 10 de setembro, os franceses estão sendo convocados a parar de fazer compras em supermercados, que pagam baixas contribuições previdenciárias e exploram seus funcionários. Clientes de grandes bancos estão sendo convidados a esvaziar suas contas em favor de estabelecimentos cooperativos ou socialmente engajados. Alguns planejam ocupações pacíficas de prefeituras e prefeituras, outros denunciam injustiças sociais e exigem melhores salários e condições de trabalho para "o essencial". esses franceses – caixas, enfermeiros – reconhecidos como essenciais desde a crise da Covid .
Dos socialistas à França Insubmissa, passando pelos comunistas e os Verdes, o movimento recebeu apoio quase unânime da oposição — o que é surpreendente, dadas as demandas às vezes radicais dos manifestantes.
Apenas o Rally Nacional de Marine Le Pen se distanciou disso.
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