Para a diáspora do Magrebe, estas são as férias tão queridas no país

Nos últimos anos, os marroquinos que vivem no exterior têm reclamado principalmente do alto custo das passagens aéreas durante o verão, a época mais popular para retornar ao país. Agora, eles também dizem que são afetados pelo aumento do custo da acomodação, observa o site de notícias pan-árabe Al-Araby Al-Jadeed . Pernoites em hotéis, restaurantes e até cafés em cidades turísticas estão aumentando os custos.

Segundo profissionais do setor, a diáspora que retorna para casa durante o verão está enfrentando aumentos de preços muito maiores do que os turistas estrangeiros, principalmente europeus, que se beneficiam de preços competitivos graças aos passeios organizados. Especialistas estimam que a estadia de um marroquino residente no exterior pode facilmente custar o dobro da de um turista estrangeiro.

Esses aumentos de preços, no entanto, ainda não parecem desencorajar os expatriados: desde o início do verão de 2025, 1,5 milhão de pessoas migraram para o Marrocos, o que representa um aumento de 13,3% em relação à temporada de 2024, observa Al-Araby Al-Jadeed . De acordo com os últimos relatórios, dos 17,4 milhões de turistas que visitaram o Marrocos em 2024, quase metade (8,6 milhões) eram marroquinos residentes no exterior.

Na Tunísia, a situação é quase idêntica, pois os tunisianos que vivem no exterior, ao retornarem ao país, se deparam com preços de hotéis inacessíveis, explica o Independent Arabia .

Uma situação que está forçando muitos a abandonar a ideia de se hospedar em um hotel em uma cidade turística. O pior de tudo: tunisianos que vivem no exterior estão proibidos de se beneficiar das mesmas tarifas que os turistas de seu país de residência, ou seja, estadias em hotéis 4 estrelas por menos de US$ 330 por uma semana inteira (cerca de € 283).

“Ao chegarem à Tunísia, eles estão sujeitos às tarifas aplicadas aos turistas residentes em território tunisiano, que chegam a 250 a 300 dólares por noite para a mesma categoria de hotel”, escreve o site de notícias pan-árabe.

Para a diáspora argelina, o custo da passagem aérea continua sendo a principal preocupação, principalmente para quem deixa para a última hora, observa o site de notícias argelino Le Matin d'Algérie , que afirma que em Segundo o site da Air Algérie, é quase impossível encontrar uma passagem entre Argel e Paris entre 15 de agosto e ^1º de setembro – e se por algum milagre um assento ficar disponível, ele pode chegar ao preço exorbitante de 500 euros.

As reclamações de argelinos que vivem no exterior se renovam a cada ano, explica o site de notícias. "Todos os anos, as autoridades parecem descobrir a situação", com demanda explosiva e oferta insuficiente.

"Não são apenas passagens aéreas que os argelinos no exterior exigem, mas respeito. Respeito por sua contribuição para a economia, por seu apego ao país, por sua lealdade apesar dos obstáculos", comenta Le Matin d'Algérie .