Criptomoedas: preço do Bitcoin impulsionado pelas políticas de Donald Trump

Existem quase 25.000 delas, mas o Bitcoin continua sendo o rei das criptomoedas. Ninguém pode manipulá-lo ou modificá-lo, nem mesmo seus criadores, ao contrário de muitas outras criptomoedas. Ele pode ser comparado a uma commodity, assim como o ouro.
O Bitcoin é um produto da fantasia. Foi criado no final dos anos 2000. Em 2011, valia US$ 1. Em novembro de 2021, atingiu seu recorde histórico de US$ 69.000, antes de despencar um ano depois para US$ 16.000. Agora, ultrapassou a marca de US$ 124.000.
O acelerador dessa ascensão é Donald Trump. Depois de se mostrar bastante hostil a esse universo (chamando-o de "golpe"), ele fez da defesa das criptomoedas um de seus temas de interesse. Ele quer incluir o Bitcoin nas reservas estaduais e desmantelar as regulamentações estabelecidas pelo órgão regulador do mercado de ações americano.
Assim, em 7 de agosto, foi adotado um decreto presidencial autorizando fundos de pensão americanos a investir as economias de futuros aposentados em criptomoedas, enquanto grandes grupos financeiros já podiam distribuir produtos de poupança derivados de criptomoedas. Além de Trump, o ambiente econômico — um dólar fraco e a perspectiva de queda das taxas de juros — também está impulsionando os investidores para o Bitcoin.
O Bitcoin deve ser considerado como o ouro: um ativo raro, sujeito a fortes flutuações, mas que funciona como um porto seguro em comparação com outros investimentos (bolsa de valores, imóveis). Seria absurdo pensar que ele poderia desaparecer da noite para o dia, pois é produto da informatização do mundo. Hoje, 10% dos franceses o possuem, a maioria homens jovens e ricos.
Um conselho: invista uma pequena parcela das suas economias em Bitcoin, de 10 a 20%. Se subir 20%, pegue metade dos lucros e reinvista a outra metade em Bitcoin. Se as previsões mais otimistas se concretizarem — US$ 350.000 em 2027 e US$ 2,5 milhões em 2040 —, será um prêmio enorme. Caso contrário, você não ganhará muito, mas também não perderá nada.
RMC