Água ultrapurificada, decorada… Cubos de gelo para alimentos, um mercado em expansão

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Água ultrapurificada, decorada… Cubos de gelo para alimentos, um mercado em expansão

Água ultrapurificada, decorada… Cubos de gelo para alimentos, um mercado em expansão

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Tempo de leitura: 3 min - vídeo: 4 min

Altamente procurados durante o verão, 35 milhões de sacos de cubos de gelo são vendidos anualmente. De onde vêm? A France Télévisions investigou esse negócio, do qual a Espanha se beneficiou, conquistando quase todo o mercado.

Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.

Quando a temperatura sobe, nenhuma bebida está completa sem cubos de gelo. "É gostoso, é refrescante", admite um consumidor sentado à mesa com um copo no terraço. Esses pequenos cubos derretem em nossos copos, mas também alimentam um mercado lucrativo e em crescimento : alta de 4% ao ano até 2032. Nos subúrbios de Paris, uma empresa produz 50 toneladas de cubos de gelo por dia.

"É muito simples: é água da cidade que passa por esses amaciadores. Depois de filtrada, essa água passa pelas nossas máquinas para fazer os famosos cubos de gelo", explica Mohamed Ghandour, fundador da Ice Market. O preço: um euro por quilo, sem contar os custos de entrega. Com a onda de calor, a demanda está explodindo. "Este é para um fornecedor de catering em Montreuil. Ele está dando uma grande recepção hoje. Ele encomendou 800 quilos de cubos de gelo. Então, os paletes restantes são para restaurantes, particulares, para qualquer evento esportivo", mostra Mohamed Ghandour, em frente ao seu estoque de cubos de gelo. Samarcande Ast, assistente de vendas da Ice Market, orienta os entregadores em tempo real. Há três anos, essa mesma empresa instalou 150 distribuidores na região da Île-de-France para oferecer gelo 24 horas por dia.

Os supermercados também se gabam de cubos de gelo. Mas, surpresa: muitos são importados. Da Alemanha, na Auchan e na Picard; da Bélgica, na Leclerc; da Itália, na Monoprix. Porque para atender à demanda, a produção em massa é necessária. Hoje, o líder europeu em sorvetes é a Procubitos. Este grupo espanhol possui seis fábricas, incluindo uma na Alemanha e uma na Itália. Este negócio alimenta os projetos mais malucos. Na Groenlândia, uma startup coleta gelo desprendido de icebergs para exportá-lo para Dubai em caixas vendidas por quase 30 euros.

Em um setor cada vez mais competitivo, para se destacar, Joseph Biolatto utiliza água ultrapurificada. O resultado: gelo translúcido, cortado primeiro em grandes blocos, depois em pequenos cubos ou esferas com formato perfeito. E o máximo: cubos de gelo gravados para uma grande marca esportiva. Alguns até têm decorações embutidas: "Pegamos a árvore, adicionamos um pouco de água e iniciamos o processo de congelamento, que sobe gradualmente para prender [os galhos] nos cubos de gelo", explica Joseph Biolatto, presidente da The Nice Company.

Flores, pimentas ou até folhas douradas... Pequenos cubos de luxo vendidos por 1 a 2 euros cada. Os compradores desses cubos de gelo de alta qualidade são bares de coquetéis. "São cubos de gelo que derretem de quatro a cinco vezes mais devagar do que um cubo de gelo com inclusões de ar, como os que temos em nossas geladeiras. O objetivo é que o cliente possa saborear um coquetel que não se dissolva completamente após apenas alguns minutos de degustação", explica Romain Robic, barman-chefe do Classique. No salão, os consumidores apreciam: "Viemos para ter um universo, um decoro e, de repente, (...) nos lembramos disso, é isso que importa", confirma um cliente. Com o aumento das ondas de calor, esse mercado não está prestes a despencar.

Lista não exaustiva.

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