Morre o ator britânico Terence Stamp, ícone dos anos 60

Superman perdeu um de seus muitos inimigos. Terence Stamp, que interpretou o supervilão General Zod nos dois primeiros filmes do super-herói de Krypton, faleceu, anunciou sua família no domingo, 17 de agosto. Após emergir como ator no cenário londrino e se tornar um ícone dos anos 60, ele alcançou a fama por meio de uma filmografia eletrizante: contratado por Pasolini para o filme "Theorem" em 1968, assumiu o papel de Arthur Rimbaud em "Uma Temporada no Inferno" (1971) e, assim, o líder megalomaníaco dos kryptonianos em 1978 e novamente em 1981.
"Ele deixa uma obra extraordinária, tanto como ator quanto como escritor, uma fonte de inspiração para os próximos anos", escreveu sua família em um comunicado.
Nascido em Londres em 1938, Terrence Stamp suportou os bombardeios da capital britânica durante a Segunda Guerra Mundial antes de abandonar a escola para seguir carreira em publicidade, relata a Reuters, antes de ingressar na escola de teatro. Sua carreira decolou com estrondo, com uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante ( Billy Budd ) em 1963 e um prêmio de Melhor Ator em Cannes em 1968 por "Obsessed".
Após suas aparições em Superman, Stamp, que também havia estudado ioga na Índia, continuou sua carreira interpretando o papel de Ralph "Bernadette" Bassenger em Priscilla, Rainha do Deserto (1995), o de um "bastardo pungente" em The Englishman (1999) e o de um guru do pensamento positivo em Yes Man, com Jim Carrey (2008). "Vulnerável e poderoso", "intenso e distante", como escreveu o Libération em um perfil de 1995, ele confidenciou desta forma sobre sua travessia do deserto: "Eu estava tão identificado com os anos 60 que, quando a era terminou, eu já tinha me cansado dela."
Libération