Em Fontenay-sous-Bois, a pequena fábrica de horrores

É Sarah Bernhardt quem acolhe — nada menos. Ou, pelo menos, o que resta dela: sua perna amputada e apodrecida, casualmente colocada sobre uma poltrona vermelha na entrada, ao lado do torso de Drácula e de uma cabeça decepada por Melvil Poupaud. Perto dali, sob o vidro ou enfileiradas em prateleiras, estão dezenas de outras espécies, máscaras de humanos ou criaturas nascidas aqui, na oficina de Jean-Christophe Spadaccini e Denis Gastou, feitas de silicone ou espuma de látex. Um cão mutante, um jovem trepanado, monstros de Valerian (2017), de Luc Besson... "E, no entanto, nunca celebramos o Halloween", brinca Jean-Christophe Spadaccini, precedido por Sam, seu cão grande e inquieto.
Há três décadas, os dois homens desenvolvem efeitos visuais baseados em maquiagem para filmes e séries. Eles imitaram um cadáver completo e impressionante em "The Crimson Rivers" (2000), de Mathieu Kassovitz; a amputada Marion Cotillard em "Ferrugem e Osso" (2012), de Jacques Audiard; fizeram Alex Lutz parecer bem velho em seu filme "Guy" (2018); e ajudaram a transformar Tom Mercier em um homem-pássaro em " Animal Kingdom" (2023). por Thomas Cailley…
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Le Monde