Visto de turista para os EUA: novas regras para colombianos e dicas essenciais para passar na entrevista sem erros

O Departamento de Estado dos EUA anunciou recentemente que, a partir de 2 de setembro de 2025, implementará uma atualização nas categorias de candidatos que podem se qualificar para uma isenção de entrevista ao solicitar vistos de não-imigrante.

É importante que as pessoas respondam com confiança. Foto: iStock
De acordo com os novos regulamentos, todos os requerentes de visto de não imigrante, incluindo aqueles com menos de 14 anos e aqueles com mais de 79 anos, deverão comparecer a uma entrevista pessoal com um agente consular, exceto nas seguintes situações:
- Candidatos classificados nas categorias de visto A-1, A-2, C-3 (exceto atendentes, empregados domésticos ou funcionários pessoais de autoridades credenciadas), G-1, G-2, G-3, G-4, NATO-1 a NATO-6 ou TECRO E-1.
- Solicitantes de vistos diplomáticos ou oficiais.
- Candidatos que estejam renovando um visto B-1, B-2 ou B1/B2 com validade total, ou um Cartão de Travessia de Fronteira (para cidadãos mexicanos), dentro de 12 meses da data de validade do visto anterior, e que tinham pelo menos 18 anos de idade no momento da emissão do visto anterior.

Todos os candidatos devem pagar US$ 185 pela entrevista. Foto: iStock
A entrevista consular pode ser complexa para muitas pessoas, especialmente considerando a possibilidade de uma recusa. Isso não só significa perder a oportunidade de explorar um novo país, como também representa um impacto econômico significativo. Todos os candidatos devem pagar US$ 185 pela entrevista, além de uma nova Taxa de Integridade de Visto de US$ 250, que será aplicada a partir de 1º de outubro. No total, o processo custará US$ 435, o equivalente a mais de 1.700.000 pesos colombianos.
Claudia Matheus, advogada de imigração e gerente geral da Visas Gómez & Asociados, explica que o comportamento do consulado atualmente varia: algumas semanas permanecem estáveis, mas outras registram um número maior de recusas.
"Não devemos demonizar o que está acontecendo. Eles estão revisando as mídias sociais e outras informações que não foram consideradas anteriormente. Esse tipo de situação gera ansiedade, mas este documento pode ser solicitado. É fundamental que as pessoas se preparem com cuidado, pois um único erro pode levar à negação", alerta.
Matheus ressalta que um dos erros mais comuns cometidos por solicitantes de visto B1/B2 (turismo e negócios) é não se preparar adequadamente para a entrevista consular.
"As entrevistas representam aproximadamente 70% do resultado final. Muitos candidatos dão mais importância ao preenchimento do formulário DS-160 , quando ele representa apenas 20%. Os 10% restantes ficam a critério do cônsul", explica.
Em relação aos documentos necessários, o advogado lembra que, embora a Colômbia seja um país isento da apresentação de documentação física ao agente consular, é fundamental não se deixar levar pelo excesso de confiança. Recomendo trazer documentos que comprovem quatro tipos de vínculos: profissional, empregatício, patrimonial e familiar.
Os documentos sugeridos incluem: uma cópia de um cartão profissional ou certificado de graduação, certidões de emprego ou cartas de recomendação de empregadores anteriores e, se você possui propriedades ou negócios, certificados da Câmara de Comércio ou da Freedom and Traditional.
"Nem todos os cônsules solicitarão esses documentos, mas não custa nada levar uma pasta organizada. A Embaixada recentemente dobrou seu quadro de funcionários consulares, e muitos desses novos funcionários podem ter o hábito de solicitar documentos físicos. É aqui que muitos colombianos estão sendo pegos de surpresa durante a entrevista", afirma Matheus.
A linguagem corporal e a maneira como você responde também são cruciais. Como o especialista mencionou, dez por cento do resultado da solicitação depende do julgamento do cônsul, portanto, evitar contato visual, omitir informações ou responder evasivamente pode ser interpretado como mentira ou fraude , impactando negativamente o processo.

A linguagem corporal e a maneira como você responde também são cruciais. Foto: iStock
O histórico de imigração também é um fator determinante. Se o solicitante nunca saiu do país, isso pode ser interpretado como falta de poder de compra para férias ou falta de cultura de viagens.
Quando uma pessoa chega à embaixada com um passaporte carimbado, idealmente da Europa, Ásia ou países da América Latina, o cônsul pode pensar que ela já viajou e retornou, o que reduz as suspeitas de que planeja permanecer nos Estados Unidos. Isso reduz a possibilidade de ser vista como uma potencial migrante .
E se você já teve o visto negado e deseja solicitá-lo novamente? Há dois motivos possíveis para a negação: o primeiro é porque uma das quatro raízes legais ou histórico imigratório precisa ser fortalecido. O outro motivo é porque há algum motivo para a inelegibilidade imigratória.
"Este último se refere a uma questão jurídica. Nesses casos, é necessário analisar o arquivo, os antecedentes e o histórico do requerente. É como tirar uma radiografia da imigração. Se algum problema for detectado, ele pode ser resolvido pelos canais legais", explica.
Por fim, quanto à necessidade ou não de a entrevista ser conduzida em inglês, Matheus esclarece que a maioria dos agentes consulares entende espanhol. No entanto, em alguns casos, intérpretes estão disponíveis para aqueles que não são fluentes no idioma, o que pode afetar o resultado da entrevista caso a tradução seja imprecisa. Portanto, ele sugere que, se o candidato for fluente em inglês, conduza a entrevista nesse idioma ; caso contrário, deve deixar bem claro ao intérprete que deseja uma tradução fiel e precisa de suas respostas.
ANGIE RODRÍGUEZ - EDITORIAL DE VIAGENS - @ANGS0614
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