Por que viajar transforma os jovens?

À luz da celebração do Dia Mundial das Competências dos Jovens , vale a pena refletir sobre como as viagens contribuem para a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos jovens. A Assembleia Geral das Nações Unidas designou 15 de julho como a data para destacar a necessidade de proporcionar aos jovens a oportunidade de adquirir competências técnicas e transversais para o emprego decente ou o empreendedorismo.

Viajar desempenha um papel fundamental na aquisição de habilidades transversais, como comunicação eficaz, trabalho em equipe, resolução de problemas, adaptabilidade, criatividade, empatia e pensamento crítico.

Mark Twain escreveu certa vez que viajar tem consequências desastrosas para o preconceito e a estreiteza de espírito. Para colocar a mesma coisa de forma positiva, viajar é a melhor maneira de eliminar o preconceito e abrir a mente. E é mesmo. Viajar nos permite aprender sobre outras culturas, outras maneiras de fazer as coisas, outras soluções para situações cotidianas e refletir sobre os problemas comuns que enfrentamos em diferentes sociedades, apesar das diferentes distâncias, contextos e idiossincrasias.

Além de uma mente aberta, viajar desenvolve habilidades sociais fundamentais. Viajar permite que os jovens entendam que existe uma realidade diferente daquela em que vivem. Eles precisam viajar para desenvolver empatia por aqueles que são diferentes e entender que a diversidade demonstra resiliência e capacidade de adaptação à mudança.

Quando um viajante constrói relacionamentos significativos com a comunidade que visita, ele aprende respeito, e sua autoestima e senso de pertencimento são fortalecidos.

Viajar não se trata apenas de visitar destinos ou vivenciar o desconhecido; é também uma jornada para o interior. Promove a independência, fortalece a tomada de decisões e nos confronta com quem somos. E se você estiver viajando com alguém, diz o ditado: "Você não conhece uma pessoa até viajar com ela."

Nesta era de tanto tempo gasto em telas digitais, os jovens deveriam viajar mais, com mais frequência e para mais longe. Isso lhes permitiria apreciar melhor a natureza, o planeta e outros seres humanos que têm muitas coisas em comum e também muitas diferenças, o que não deveria nos dividir, mas sim nos unir.

Esse conhecimento de outras realidades deve servir para tomarmos melhores decisões como cidadãos, para vivermos sob princípios de liberdade e tolerância.

É por isso que a minha mensagem aos jovens é clara: saiam e viajem! O mundo é a sua melhor sala de aula, e viajar é o seu melhor professor. E lembrem-se de que ser jovem não é determinado pela idade, de acordo com a identidade. É uma forma de pensar, uma atitude perante a vida.

FERNANDO ESTUPIÑÁN VARGAS - POR EL TIEMPO / OPINIÃO