Netanyahu descarta um estado palestino no acordo de paz de Gaza com Trump.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse hoje em um vídeo postado nas redes sociais que, durante sua reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, para aprovar seu plano de paz para Gaza, eles não concordaram com o estabelecimento de um estado palestino.

"De jeito nenhum", disse Netanyahu sobre a criação do Estado Palestino em um vídeo publicado esta manhã em sua conta no X: " Nem está escrito no acordo ."

O acordo de paz de Gaza apresentado ontem por Trump na Casa Branca ao lado do líder israelense inclui a criação de um governo de transição sem o Hamas e sob supervisão dos EUA , a desmilitarização da Faixa e também a possibilidade de negociar um estado palestino "no futuro".

Isso se reflete no ponto 19: "À medida que a reconstrução de Gaza avança e o programa de reformas da Autoridade Palestina é fielmente implementado, as condições podem finalmente estar reunidas para um caminho confiável rumo à autodeterminação e à criação de um Estado palestino, que reconhecemos como a aspiração do povo palestino."

Em seu vídeo, Netanyahu insistiu que Israel "assumirá a responsabilidade pela segurança" da Faixa, "incluindo um perímetro de segurança", e enfatizou que nem o Hamas nem a Autoridade Nacional Palestina (ANP) farão parte da administração civil que o governo assumirá após o fim da guerra.

No entanto, o Ponto 9 do plano de paz enfatiza que a AP, uma vez concluídas suas reformas, poderá "recuperar o controle de Gaza de forma segura e eficaz".

"Provavelmente não será surpresa para você saber que a esmagadora maioria do público israelense não acredita que a Autoridade Palestina realmente mudará", disse Netanyahu.