CEOE e Cepyme agradecem ao PP, Junts e Vox por bloquearem a redução da jornada de trabalho e pedem novas negociações.

As associações patronais da CEOE e da Cepyme expressaram nesta quarta-feira seu agradecimento ao PP, Junts e Vox pela rejeição da redução da jornada de trabalho no Congresso e sua disposição de reativar as negociações no âmbito do diálogo social para tentar chegar a um acordo.
Para a associação patronal, o resultado da votação é "totalmente coerente com a falta de resultados no diálogo social" e "evita um impacto negativo grave na economia, no emprego e também nos consumidores".
"O debate sobre jornada de trabalho deve retornar ao seu devido lugar: o diálogo social e a negociação coletiva setorial. É neste contexto que empresas e trabalhadores devem abordar qualquer elemento essencial das condições de trabalho, longe do exagero midiático", acrescentaram CEOE e Cepyme.
Ao mesmo tempo, lembraram que, desde o início, alertaram que “uma redução imposta da jornada de trabalho, sem levar em conta a realidade das empresas, das PMEs e dos autônomos, geraria problemas de organização, menor produtividade, maiores custos, menor qualidade dos serviços e menor atratividade para investimentos, tudo isso em um contexto de difícil preenchimento de vagas”.
"Defendemos que a redução da jornada de trabalho, assim como qualquer melhoria nas condições dos trabalhadores, deve ser alcançada por meio da negociação coletiva, equilibrando as necessidades de empresas e trabalhadores. Este sempre foi o caminho para o progresso e a paz social na Espanha por mais de 40 anos", enfatizaram.
O oposto, segundo as associações patronais, é permitir que um ministério legisle sobre uma matéria já acordada na negociação coletiva, "enfraquecendo" os mecanismos essenciais do diálogo social e, com eles, da convivência. Por isso, elas têm incentivado "o retorno às mesas de negociação o mais breve possível e a reativação da negociação coletiva, que tem sido freada pela persistente interferência do Ministério do Trabalho".
ABC.es