Membros da CEDAW da ONU reconhecem as ações do governo mexicano em questões femininas.


CIDADE DO MÉXICO (apro) .- Integrantes do Comitê para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW) da Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceram algumas ações adotadas pelo governo mexicano nos últimos anos em favor das mulheres.
No encerramento do 10º Relatório Periódico de Apoio do México à CEDAW, em Genebra, Suíça, Yamila González Ferrer, relatora para o México do Comitê e vice-presidente da União Nacional de Juristas de Cuba, segundo seu perfil X, parabenizou o país "por ter elegido a primeira mulher presidente de sua história, a Dra. Claudia Sheinbaum".
Ela também reconheceu a decisão do presidente federal de "adotar uma política externa feminista, bem como a reforma constitucional de 2024 que incorpora o direito à igualdade substantiva, uma vida livre de violência e cuidados dignos".
O acadêmico da Universidade de Havana destacou a "constitucionalização do Sistema Nacional de Assistência, a ratificação da Convenção 189 da OIT sobre trabalho doméstico e a progressiva descriminalização do aborto em vários estados".
Eudine Barriteau, diretora da Universidade das Índias Ocidentais, disse que destacou as medidas legais, políticas e programáticas significativas que o governo mexicano tomou "para alcançar a igualdade de gênero", incluindo o reconhecimento explícito da paridade de gênero e da igualdade substantiva na estrutura jurídica nacional, bem como a criação da primeira Secretaria para as Mulheres em 2024.
Natural de Barbados, ela também reconheceu a criação, no México, de um Comitê CEDAW para coordenar a implementação e o monitoramento da Convenção e o "aumento da igualdade de gênero na Administração Pública Federal".
Rangita De Silva de Alwis, professora de direito na Universidade da Pensilvânia, mencionou o trabalho do governo mexicano em "saúde mental em conflitos, pós-conflitos e cenários humanitários" em 2022; ou seja, durante a administração anterior.
Americana originária do Sri Lanka, ela destacou que, neste ano, os estados foram solicitados a fornecer apoio psicossocial e serviços de saúde mental "como uma resposta humanitária fundamental" e integrá-los aos serviços de emergência, tanto em situações de conflito quanto de pós-conflito.
Genoveva Tisheva, vice-presidente da Associação de Mulheres Advogadas Europeias, reconheceu a "melhora" feita pelo governo mexicano com a Lei Geral de Prevenção, Punição e Erradicação do Tráfico de Pessoas como "um passo positivo", assim como a criação da Comissão Interministerial sobre Tráfico.
A diretora da Fundação Búlgara de Pesquisa de Gênero também mencionou o trabalho da Comissão de Apoio às Vítimas de Tráfico. Ela acrescentou: "Há também elementos positivos no processo sumário contra a revitimização e no protocolo de identificação e apoio a migrantes em risco de tráfico."
Esta quarta-feira foi o segundo e último dia do 10º Relatório Periódico do México ao Comitê CEDAW. A delegação mexicana foi liderada pela Secretária de Assuntos da Mulher, Citlalli Hernández.
No final do evento, o ex-secretário-geral do Morena reconheceu que "no México persistem desafios que devem ser enfrentados de forma decisiva e em estreita colaboração com a sociedade civil".
Ele reconheceu que o acesso à justiça, a reparação por danos e a garantia de não repetição "continuam sendo essenciais para uma vida livre de violência, assim como a urgência de avançar na luta contra a impunidade e a corrupção".
E ela disse que espera que as observações finais do Comitê CEDAW "sirvam como um guia para fortalecer o design, a implementação e a avaliação de políticas públicas que garantam a todas as mulheres, jovens mulheres e meninas um país mais justo, inclusivo e livre de violência".
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