Israel relata ataque contra a Força Al-Quds iraniana

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que um comandante sênior da Força Quds — a unidade ultramarina da Guarda Revolucionária Iraniana — foi morto em um ataque na cidade de Qom. Said Izadi, que comandava o Corpo Palestino da brigada, foi identificado.

Katz descreveu o ato como um "grande sucesso para o serviço de inteligência israelense e a força aérea". Izadi supostamente financiou e armou o grupo radical islâmico Hamas na Faixa de Gaza , que realizou um massacre em território israelense em 7 de outubro de 2023 e é classificado como organização terrorista por vários Estados. A Guarda Revolucionária, por sua vez, anunciou que cinco de seus membros foram mortos em Khorramabad, na província de Lorestão.

O exército israelense afirma ter lançado uma série de ataques contra depósitos de mísseis e bases de lançamento no interior do Irã. A instalação nuclear de Isfahan também foi atingida. Os militares disseram que o alvo eram as instalações de produção de centrífugas de urânio ali localizadas. Várias agências de notícias iranianas também noticiaram um ataque em Isfahan. Elas afirmaram que nenhum material perigoso foi liberado durante o bombardeio. No entanto, o público deve manter distância da instalação.

Foguete atinge instituto de pesquisa sobre câncer perto de Tel Aviv

Sirenes de ataque aéreo foram acionadas em Israel na manhã de sábado. Sirenes soaram em Tel Aviv, entre outras cidades. Explosões foram ouvidas em grande parte da metrópole mediterrânea. O Ministério das Relações Exteriores informou que um míssil iraniano atingiu um prédio do Instituto Weizmann de Pesquisa do Câncer ao sul de Tel Aviv. Outro prédio, ainda fora de operação, também foi destruído, informou o ministério em seu serviço online X. Atualmente, não há informações sobre possíveis feridos.

Apesar dos esforços contínuos dos Estados europeus, ainda não há sinais de uma solução diplomática para o conflito. O Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Aragchi, reuniu-se em Genebra na sexta-feira com seus homólogos da Alemanha , França e Grã-Bretanha , Johann Wadephul, Jean-Noël Barrot e David Lammy, bem como com a chefe de política externa da UE , Kaja Kallas. Após a reunião, ele novamente impôs a interrupção dos ataques israelenses como condição para novas negociações.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirma que os esforços de mediação europeus são inúteis. " O Irã não quer conversar com a Europa. Eles querem conversar conosco. A Europa não pode ajudar nisso", disse Trump a repórteres. Os EUA estão atualmente em contato com o Irã, e veremos o que acontece. Trump afirma que quer dar aos esforços diplomáticos "no máximo" duas semanas. O presidente havia declarado anteriormente que ainda não havia tomado uma decisão sobre se os Estados Unidos interviriam ativamente no conflito.

Aragchi chegou à Turquia neste sábado para participar de uma reunião do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI). Segundo a agência de notícias turca Anadolu, 43 ministros e representantes de alto escalão de organizações internacionais como as Nações Unidas e a Liga Árabe devem participar da cúpula de dois dias em Istambul.

Força Aérea transporta alemães diretamente para fora de Israel

Enquanto isso, a Força Aérea Alemã retirou seus próprios cidadãos de Israel. Dois aviões a hélice Airbus A400M, transportando 64 pessoas, decolaram de Tel Aviv, anunciaram o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores em Berlim. Eles já pousaram no Aeroporto de Colônia/Bonn. Devido à guerra, o espaço aéreo israelense está tecnicamente fechado, sendo necessária uma autorização especial.

Esta é a primeira vez no conflito atual que alemães são transportados pela Bundeswehr. Anteriormente, havia dois voos fretados, que, no entanto, partiam da Jordânia em vez de Israel. A viagem até lá exigia longas viagens de ônibus ou carro, que as pessoas afetadas tiveram que organizar por conta própria.

Israel lançou um grande ataque contra alvos no Irã em 13 de junho. Desde então, o exército tem bombardeado instalações militares e nucleares na República Islâmica. O objetivo declarado é impedir que Teerã construa uma bomba nuclear. Em resposta, o Irã está atacando alvos em Israel com mísseis.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, disse ao jornal "Bild" que os ataques já conseguiram atrasar em pelo menos dois anos o prazo para o Irã construir uma bomba nuclear . Estados ocidentais há muito acusam o Irã de buscar armas nucleares, alegação que Teerã nega.

jj/pg/se (dpa, afp, rtr)