Após as eleições: Mudança para a direita na Noruega

É uma tendência na Europa: seja na Alemanha , França ou Itália , partidos populistas de direita estão ganhando força em muitos países. Este também é o caso na Noruega . Nas eleições parlamentares, o primeiro-ministro Jonas Gahr Støre e seus sociais-democratas conseguiram defender seu primeiro lugar. No entanto, o Partido do Progresso, populista de direita, dobrou sua participação nos votos, tornando-se o segundo partido mais forte.

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"Sabíamos que seria apertado, e foi", disse Støre aos seus apoiadores após a eleição. "Sabíamos que tínhamos que dar o nosso melhor, e demos o nosso melhor. Conseguimos."

De acordo com os resultados oficiais preliminares, o partido de Støre recebeu 28,2% dos votos. O político de 65 anos, que ocupa o cargo de primeiro-ministro desde 2021, tem, portanto, boas chances de um segundo mandato. O Partido do Progresso, populista de direita, recebeu 23,9%. O terceiro partido mais forte foi o Conservador (Høyre), da ex-primeira-ministra Erna Solberg, com 14,6%.

De acordo com os resultados preliminares, os cinco partidos do bloco de centro-esquerda detêm, juntos, 87 cadeiras no parlamento. Com 169 cadeiras no Stortinget norueguês, isso lhes confere uma maioria apertada. Todos os partidos da coalizão vermelho-verde expressaram apoio a um governo liderado por Støre durante a campanha eleitoral. Støre lidera um governo minoritário desde 2021. A eleição foi dominada por preocupações com o aumento do custo de vida e as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza .

Governança difícil

Støre, de 65 anos, continua dependente de seus aliados menores para iniciativas legislativas importantes, como o orçamento. O apoio deles provavelmente exigirá negociações difíceis sobre questões como aumento de impostos para os ricos, produção futura de petróleo e a retirada de verbas do fundo estatal do petróleo de empresas israelenses.

"Støre continuará como primeiro-ministro, mas em uma situação parlamentar muito mais difícil. Ele depende de cinco partidos para governar", disse Jonas Stein, cientista político da Universidade de Tromsø, à Reuters.

Tópico do Partido do Progresso: Cortes de impostos

O Partido do Progresso, anti-imigração, aparentemente repercutiu entre muitos eleitores com sua promessa de reduzir significativamente os impostos. A líder do partido, Sylvi Listhaug, de 47 anos, que cita o ex-presidente americano Ronald Reagan e a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher como seus modelos, fez campanha com base no corte do que considera um desperdício de gastos públicos, como ajuda ao desenvolvimento e subsídios para energia verde. De acordo com pesquisas na noite da eleição, os eleitores jovens, especialmente os homens, votaram nos populistas de direita.

A composição do Parlamento norueguês é significativa para toda a Europa. Embora o país escandinavo, membro da OTAN , não seja membro da UE , está intimamente ligado a ela como membro do Espaço Econômico Europeu (EEE). Além disso, como resultado da guerra na Ucrânia e das sanções contra a Rússia, a Noruega tornou-se um dos mais importantes fornecedores de energia da Europa.

fab/se (dpa, rtr, afp)