Por que Keir Starmer não demitiu Peter Mandelson ontem?

A posição de Peter Mandelson era completamente insustentável, mas Sir Keir Starmer levou 24 horas depois de todos os outros para perceber o inevitável.

No caótico ínterim, isso gerou o espetáculo extraordinário do nº 10 dizendo que eles tinham total confiança em seu homem em Washington porque - e é incrível digitar isso - o nº 10 tinha total conhecimento de que o colega tinha um relacionamento prolongado com um pedófilo condenado depois que ele foi preso nos EUA, e estava satisfeito com essa situação.

Uma situação incrível.

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É por isso que a questão se tornou uma questão de julgamento de Starmer quase tanto quanto de Peter Mandelson .

De fato, houve ecos aqui do caso Chris Pincher que levou à queda de Boris Johnson — um líder que defendeu obstinadamente atos que revoltaram a maior parte do partido, em um ato surdo de automutilação.

E eles ficaram revoltados.

Quase todo o Partido Trabalhista reagiu com horror à revelação, e ainda mais à defesa.

Menos de 24 horas antes de sua partida, Starmer disse: "O embaixador expressou repetidamente seu profundo pesar pela associação com ele, e ele está certo em fazê-lo. Tenho confiança nele e ele está desempenhando um papel importante na relação Reino Unido-EUA."

Palavras de certeza — mas feitas mais uma vez sem acesso a todos os fatos.

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Perigosamente, o primeiro-ministro também estava defendendo um processo de verificação que, por implicação, o colocaria em posse de fatos que deveriam ter afastado Mandelson do cargo.

"Todo o devido processo legal foi seguido quando a nomeação foi feita", disse ele.

Agora, a resposta de um ministro júnior do Ministério das Relações Exteriores é que Mandelson não lhe contou. Então, ou a verificação falhou ou isso não é totalmente preciso.

Pelo que entendi, ninguém no governo sabe quando foi a última vez que Mandelson viu Epstein. A ausência de certeza sobre esse fato crucial deve ter disparado o alarme.

Neste momento, o nº 10 estará pensando e esperando que, faltando apenas seis dias para a visita de Estado de Donald Trump, que deveria ter sido organizada por Mandelson, as pessoas não se concentrem muito nessa questão.

No entanto, dada a taxa atual de demissão de um grande líder do governo a cada semana, a culpa, no fim das contas, vai recair sobre Starmer.