Barcelona vence quarto Clássico e se aproxima da LaLiga, Chelsea perde confronto dos quatro primeiros, mais
Este fim de semana foi incrível nas principais ligas do futebol europeu. Por onde começar?
Que tal um Clássico incrível entre Barcelona e Real Madrid , com o time de Carlo Ancelotti abrindo 2 a 0 antes do Barcelona marcar quatro gols seguidos na vitória por 4 a 3 e a quarta vitória de Hansi Flick sobre o Real Madrid desde que chegou ao comando do Barça? Também tivemos o Chelsea tropeçando na busca por uma vaga entre os quatro primeiros (e uma vaga na Liga dos Campeões da UEFA de 2025-26) graças ao cartão vermelho de Nico Jackson e a uma atuação apática na derrota por 2 a 0 para o Newcastle.
A disputa pelo título da Série A ficou um pouco mais tensa com o empate do Napoli e a vitória da Inter de Milão, diminuindo a diferença para um ponto a dois jogos do fim, enquanto o Bayern de Munique comemorou o título da Bundesliga após o último jogo em casa, e o Borussia Dortmund continuou sua magnífica recuperação. Trent Alexander-Arnold, do Liverpool , foi recebido com hostilidade pela torcida em sua primeira partida desde que anunciou que deixaria o clube neste verão, e os finalistas da Liga Europa (Tottenham e Manchester United ) tiveram atuações medíocres em derrotas em casa. Aqui estão algumas reflexões e reações aos momentos mais memoráveis do fim de semana.
Barcelona soma quatro vitórias em quatro Clássicos e tem título da LaLiga quase garantidoNunca diga nunca, mas o Barcelona superou o último obstáculo real que o separava da conquista da LaLiga com a vitória de domingo por 4 a 3 no Clássico contra o Real Madrid. Em teoria, eles poderiam conquistar o título na quarta-feira "no sofá", quando o Real Madrid recebe o Mallorca ; o mais provável é que o título aconteça na quinta-feira, no clássico contra o Espanyol .
O Barcelona nos acostumou com seus jogos de montanha-russa, então vale a pena lembrar algumas coisas.
Em primeiro lugar, temos Hansi Flick 4, Carlo Ancelotti 0 no Clássico desta temporada. Só isso já torna esta uma temporada fenomenal, sem falar na dobradinha.
Em segundo lugar, no espaço de 15 dias, eles enfrentaram o Real Madrid duas vezes e a Inter duas vezes na semifinal da Liga dos Campeões, com apenas o "gimme" contra o Valladolid na disputa. Cinco jogos em que ficaram atrás no placar em todas as ocasiões e lutaram para pelo menos empatar, perdendo apenas um deles. Isso é quase inédito, e qualquer mentalidade e resistência que Flick tenha incutido neste time é uma marca registrada de seu trabalho tanto quanto a linha alta ou o ataque de alta octanagem. É uma temporada extenuante, não apenas fisicamente, e o fato de eles estarem mentalmente preparados para ela diz muito sobre o trabalho que ele está fazendo.
No domingo, eles estavam perdendo por 2 a 0 após apenas 14 minutos. É nessa hora que você espera que o medo, a preocupação e a insegurança se instalem, especialmente depois da decepção da eliminação na Liga dos Campeões. Não. Eles simplesmente continuaram e, no intervalo, estavam vencendo por 4 a 2. Isso não é normal — ou, pelo menos, não é algo a que estamos acostumados. Ah, e não nos esqueçamos, eles fizeram isso sem quatro titulares: seu artilheiro ( Robert Lewandowski ), seus laterais titulares e seu capitão.
Steve McManaman reage à vitória do Barcelona por 4 a 3 sobre o Real Madrid na LaLiga.
Eu, por exemplo, realmente não esperava por isso. Imaginei que eles ganhariam o campeonato, mas perderiam pontos no Clássico simplesmente porque o Real Madrid estava descansando a semana toda (e era a última chance deles) e porque a Inter havia exigido muito deles.
Não.
Eles se apegaram ao roteiro de Flick como Linus ao seu cobertor e foram para o seu lugar feliz. O lugar onde não se preocupam em sofrer gols bobos e parecer tolos se isso significar ter mais chances de marcar do outro lado. O lugar que Flick construiu para eles e onde estão vivendo a melhor vida. O lugar onde podem marcar quatro gols (e poderiam ter sido mais) contra o Real Madrid, apesar de, das suas três maiores ameaças de ataque, Lewandowski estar ausente e os outros dois aparecerem apenas intermitentemente (mas quando apareceram, Raphinha e Lamine Yamal fizeram toda a diferença).
Você pode olhar para trás e notar que o Real Madrid também poderia ter vencido. Eles tiveram chances e não tiveram sorte em algumas situações, mas também abandonaram o roteiro que lhes deu a liderança, em vez disso, jogaram mais recuados, com 2 a 0 de vantagem, e tentaram jogar em vez de fazer jogadas longas, o que jogou ainda mais a favor do Barcelona. Kylian Mbappé marcou três gols para ultrapassar Lewandowski na tabela de artilheiros, e ainda assim serviu apenas para atrair os haters em massa, apontando que o Paris Saint-Germain melhorou quando ele saiu e o Real Madrid piorou quando ele chegou.
É uma leitura simplista; claro que é. Há muitas coisas que o Real Madrid fez de errado no verão passado (e em janeiro) que o tornaram um time pior. Mas o dilema Mbappé- Vinícius não vai desaparecer, e é algo que o clube precisa resolver na próxima temporada se quiser competir de alguma forma.
Julien Laurens defende Kylian Mbappé após seu hat trick na derrota do Real Madrid por 4 a 3 para o Barcelona no El Clássico.
A partir daqui, a Era Carlo Ancelotti termina em um lamento, embora com 15 troféus na bagagem, distribuídos por um total de seis temporadas e, tão importante quanto, um senso de dignidade e realidade até o fim. Esse mesmo senso de dignidade (note os ataques perpétuos e preventivos da TV do Real Madrid contra os árbitros) e realidade (pensar que se pode montar um time como se estivéssemos montando figurinhas da Panini e ainda assim funcionaria) que tem faltado em outras partes do clube.
Uma última coisa: considerando o quão venenosa foi a finalda Copa do Rei , foi bom jogar um Clássico que não se resumisse à arbitragem, apesar de ter havido várias decisões controversas (ou potencialmente controversas), especialmente no departamento de mão (Frenkie de Jong, Aurélien Tchouaméni , Fermín López ). Isso, pelo menos, foi um alívio bem-vindo.
Não se trata apenas de Nico Jackson, já que o Chelsea perdeu para o Newcastle em jogo importante da Liga dos CampeõesNeste fim de semana, Jackson está nas manchetes, e não de uma forma positiva. Já perdendo por um gol aos dois minutos de jogo contra o Newcastle, sua expulsão aos 35 minutos foi um verdadeiro golpe para o Chelsea em um jogo decisivo que pode ajudar a definir quem fica com o quarto lugar e uma vaga na Liga dos Campeões.
É difícil dizer o que você está pensando quando abre o jogo com o cotovelo, como Jackson fez contra Sven Botman . O técnico do Chelsea, Enzo Maresca, diz que Jackson "precisa aprender", e ele tem razão. Com 11 contra 11, o Chelsea poderia ter voltado ao jogo, com 11 contra 10 contra o Newcastle, com o St. James' Park bombando, tudo ia ser uma ladeira acima.
Claro, joguem Jackson debaixo do ônibus, mas ele não é o único. O Chelsea foi dominado desde o início, e embora os Blues estivessem vindo de uma semifinal da Conference League na quinta-feira à noite, nove dos seus titulares não jogaram naquela partida. A verdade é que o Chelsea foi abalado pelo Newcastle mesmo com força total e parecia despreparado para a mudança de Eddie Howe para uma linha de três zagueiros. A culpa é deles e de Maresca.
Luis Miguel Echegaray e Janusz Michallik reagem ao cartão vermelho de Nicolas Jackson contra o Newcastle.
Ah, e não vamos deixar o clube escapar dessa. Tenho escrito sobre a loucura de começar uma temporada com apenas um centroavante viável — ainda mais um jovem com um histórico disciplinar ruim, como Jackson — nos últimos dois anos. Os reservas de Jackson são Tyrique George (que estreou nesta temporada aos 19 anos e não é um centroavante nato), Christopher Nkunku (que se lesionou, também não é centroavante e já está de malas prontas para sair neste verão) e Marc Guiu (ele é centroavante, embora não seja muito bom, e também se lesionou). Isso é culpa do clube e do seu recrutamento.
Mérito ao Newcastle e a Howe. As coisas ficam muito mais fáceis quando se marca um gol aos dois minutos (foi um ótimo trabalho do Sandro Tonali ), mas a maneira como eles canalizaram a torcida e fecharam o placar para o Chelsea no resto do jogo demonstrou segurança e confiança, além de qualidade. Eles estão em terceiro lugar na tabela e prestes a garantir a Liga dos Campeões. É totalmente merecido.
Napoli empata em casa com o Genoa e sofre seus primeiros gols de cabeça na temporadaQuestionei o técnico Antonio Conte por se acomodar na liderança e se apegar aos resultados. Às vezes funciona. Quando o tiro sai pela culatra, você parece bobo, mas na maioria das vezes, se você é o melhor time, a melhor estratégia é simplesmente continuar atacando.
Não foi isso que aconteceu no empate do Napoli por 2 a 2 em casa contra o Genoa.
Mesmo depois de abrir 2 a 1 aos 20 minutos do segundo tempo, o Napoli criou chances e pressionou em busca do terceiro gol. O gol não saiu; em vez disso, o time foi derrotado por um cruzamento certeiro de Aarón Martín e uma cabeçada cirúrgica de Johan Vázquez.
Conte ergueu as mãos e sugeriu que é assim que o futebol é; seus zagueiros estavam posicionados, mas foram simplesmente derrotados por um cruzamento e uma finalização soberbos. Ele nem sequer buscou um álibi citando as ausências de Alessandro Buongiorno e Juan Jesus , o que fez com que Mathías Olivera , normalmente lateral-esquerdo, jogasse no meio. É um crédito para ele, mas também é a coisa lógica a se fazer. Eles ainda estão na liderança do título da Série A graças à vantagem de um ponto, e controlam seu próprio destino.
Só que as coisas ficaram um pouco mais complicadas. Eles viajam para Parma no próximo fim de semana para enfrentar um adversário que ainda corre risco de ser rebaixado. O Cagliari , em casa, no último dia da temporada, também pode ser um jogo difícil: eles também podem não estar seguros ainda. Não que isso signifique muito mais. O Genoa não tinha nada em jogo além do orgulho e conquistou um ponto no Maradona, marcando dois gols de cabeça, os dois primeiros sofridos pelo Napoli em toda a temporada.
No futebol, nada é garantido. A disputa pelo título está acirrada, e Conte sabe disso.
Sucessos rápidos10. Alexander Sorloth faz história, então que tal um pouco de respeito? Eu também sou culpado disso, mas, para que conste, chamá-lo de "O Único Sorloth Vivo em Cativeiro" não é desrespeitoso. Aliás, a parte do cativeiro parece apropriada: ele está "cativo" no banco (apenas 13 jogos como titular na LaLiga) nesta temporada, sendo o artilheiro do time. Ele já era o artilheiro da LaLiga em números absolutos, com 17 gols, contra 15 do atacante do Atlético, Julián Álvarez, e oito de Antoine Griezmann. Essas estatísticas, claro, foram infladas pela atuação de sábado à noite contra o antigo clube de Sorloth, a Real Sociedad , quando ele marcou três gols nos primeiros 11 minutos antes de marcar o quarto aos 30 minutos. Ainda assim, não vejo como continuar mantendo-o fora do time titular. Griezmann tem agora 34 anos e ainda tem dois anos de contrato. Supondo que ele fique — como ele disse que quer —, provavelmente é hora de Diego Simeone encontrar um papel mais profundo para ele ou limitar ainda mais seus minutos.
Harry Kane reage ao título da Bundesliga do Bayern de Munique, que lhe rendeu o primeiro troféu de sua carreira.
9. Michael Olise brilha na vitória do Bayern por 2 a 0; eles têm certeza de que querem ir atrás de Florian Wirtz ? Bem, isso não é uma crítica a Wirtz. Se ele não é um dos cinco melhores atacantes do mundo agora, provavelmente será nos próximos um ou dois anos, e é por isso que ouvimos rumores incessantes sobre ele ser o próximo alvo do Bayern e taxas de transferência de € 150 milhões sendo mencionadas. É só que depois de ver a aula magistral de Olise no último jogo em casa do Bayern na temporada da Bundesliga, uma vitória por 2 a 0 sobre o Borussia Mönchengladbach, você se pergunta se os recursos não podem ser melhor investidos em outras coisas. Como em um substituto de longo prazo para Harry Kane , ou alguns zagueiros centrais. Você já tem Jamal Musiala preso em um contrato monstruoso de longo prazo. Por que não confiar nele e em Olise, que tem apenas 23 anos e 16 gols e 20 assistências nesta temporada em todas as competições (números melhores que Wirtz), em vez de contratar um cara que já tem um astro comparável em sua posição?
8. A Inter não vai embora, apesar das chuvas torrenciais e da rotação do elenco: Simone Inzaghi mandou o time B para enfrentar o Torino fora de casa ( Alessandro Bastoni e Yann Bisseck foram os únicos remanescentes da vitória contra o Barcelona), e os reservas fizeram sua parte no caminho para uma vitória por 2 a 0. ( Nicola Zalewski , de todas as pessoas, abriu o placar com um gol maravilhoso.) Poucos técnicos de grandes clubes obtêm tanta produção de sua segunda unidade, possivelmente precisamente porque Inzaghi dá tantos minutos aos seus reservas. Também não foi fácil, com o jogo repetidamente atrasado primeiro por um acidente na torcida, depois por fortes pancadas de chuva. A Inter não controla seu destino - eles estão um ponto atrás do líder Napoli - e têm uma sequência mais difícil, com jogos contra a Lazio , que busca a Liga dos Campeões, e o imprevisível Como de Cesc Fabregas. Mas se ele optar por dar mais tempo para que os titulares se recuperem antes da final da Liga dos Campeões em 31 de maio, parece que seu banco não o decepcionará.
Gab Marcotti diz que Xabi Alonso deveria fazer perguntas ao Real Madrid antes de se comprometer a substituir Carlo Ancelotti.
7. Borussia Dortmund arruína a despedida de Xabi Alonso do Leverkusen e continua no caminho para terminar entre os quatro primeiros: Uau, que retorno ! Nico Kovac está prestes a levar o Borussia Dortmund à Liga dos Campeões na próxima temporada. Tudo o que eles precisam fazer é vencer o rebaixado Holstein Kiel em casa: um empate pode até ser suficiente se o Eintracht Frankfurt derrotar o Freiburg. Claro, seria o Uber-Dortmund a estragar tudo agora, depois de ter feito o trabalho duro, mas não vamos falar sobre isso. Concentre-se em 19 dos 21 pontos possíveis nos últimos sete jogos e em estragar a provável partida final de Xabi Alonso na BayArena. Isso é impressionante, embora, para ser justo, a vitória por 4 a 2 fora de casa os tenha deixado em desvantagem por longos períodos, e o goleiro Gregor Kobel teve que fazer pelo menos duas defesas importantes. Quanto ao Leverkusen, aconteça o que acontecer, a Era Xabi Alonso será estimada por muito tempo.
6. Vaiar Trent Alexander-Arnold é uma escolha legítima (e ele poderia ter feito o mesmo): Existe um universo paralelo onde Alexander-Arnold nunca chega ao profissionalismo e é apenas um torcedor do Liverpool de longa data. Será que ele vaiaria um de seus melhores jogadores por escolher deixar o clube em seu auge, em uma transferência gratuita, após uma temporada vitoriosa? Não tenho ideia, mas é plausível. É por isso que não entendo a surpresa daqueles que criticaram os torcedores do Liverpool — uma pluralidade em vez da maioria, porque lembre-se de que vaias costumam ser mais altas do que aplausos — que o criticaram quando ele entrou em campo no divertido, embora insignificante, empate por 2 a 2 com o Arsenal no domingo. Especialmente porque, não nos esqueçamos, questões como seus lapsos defensivos e concentração são temas de discussão entre os fiéis de Anfield há anos. Eu não teria feito isso sozinho, mas você pode ser grato pelo que ele deu ao clube e, ao mesmo tempo, se sentir decepcionado com sua decisão de sair, mesmo que Alexander-Arnold tenha sido bastante aberto e honesto sobre seu desejo, sem fazer falsas promessas. É por isso que Arne Slot está certo em não condenar aqueles que vaiam Alexander-Arnold. Para muitos torcedores, é uma reação natural nessas circunstâncias, e suspeito que Trent seria o primeiro a entender isso.
Steve Nicol reage à vaia que Trent Alexander-Arnold recebeu em Anfield durante o empate do Liverpool com o Arsenal.
5. Após o esforço na Liga dos Campeões, o time B do Paris Saint-Germain assume o comando com uma vitória por 4 a 1 sobre o Montpellier : Luis Enrique jogou com segurança e deu folga à maioria dos seus titulares no fim de semana após a eliminação do Arsenal na Liga dos Campeões na quarta-feira. Com o título da Ligue 1 na manga há semanas, fazia sentido dar à segunda equipe uma chance ( Désiré Doué e Bradley Barcola foram os únicos que fizeram dupla função) contra o Montpellier, há muito rebaixado. Gonçalo Ramos marcou três gols e Luis Enrique experimentou uma configuração 3-3-1-3 com Doue na posição de armador. Duvido que veremos isso na final da Liga dos Campeões, mas é bom saber que ele aproveitou bem o tempo.
4. Com Erling Haaland de volta, o Southampton fora de casa deveria ter sido fácil para o Manchester City, certo? Pense bem: Rúben Dias não gostou e reclamou que o Southampton não estava "interessado em jogar futebol", mas, presumivelmente, apenas em defender. Por outro lado, você não esperaria que ele conseguisse, porque desde que se profissionalizou, ele só terminou em primeiro ou segundo lugar na liga — a ideia de ser terrível (como o Southampton) e jogar por orgulho (e evitar um recorde de futilidade na Premier League ), conquistando um ponto a qualquer custo, pode estar além de sua compreensão. O Manchester City dominou, enquanto o Southampton teve apenas dois chutes a gol (para uma expectativa total de gols de 0,10) e provavelmente deveria ter vencido o jogo, mas não é assim que o futebol funciona. E com seus chamativos 1,82 xG e 26 chutes a gol, apenas três tiveram xG acima de 0,10: dois cabeceios de Manuel Akanji e a finalização tardia de Savinho . Haaland, retornando de lesão, conseguiu apenas um chute, já nos acréscimos. Aliás, o City mostrou as mesmas qualidades não tão impressionantes dos últimos tempos: muita bola, poucas ideias e uma escalação que Pep Guardiola reorganizou pela enésima vez. Eles provavelmente ainda se classificarão para a Liga dos Campeões – estão em quarto lugar, dois pontos à frente do Chelsea, faltando dois jogos –, mas não se parecem em nada com o City que conhecemos.
3. Cartões vermelhos custam caro à Juventus , e não pela primeira vez: Duas semanas atrás, Kenan Yildiz foi expulso desnecessariamente contra o lanterna Monza ; eles estavam ganhando por 2 a 0 e nadando, e ele de alguma forma esqueceu que o VAR era uma coisa. Sem ele, eles foram obrigados a um empate de 1 a 1 contra o Bologna na semana seguinte (nem tudo por sua conta, é claro, mas eles tinham assumido a liderança e ele teria sido útil). No sábado, com a Juve vencendo por 1 a 0 fora de casa contra a Lazio - um jogo com grandes implicações no top-4 - foi a vez de Pierre Kalulu ter um lapso de memória, atacando Taty Castellanos e recebendo suas ordens de marcha. A Lazio empataria no sexto minuto dos acréscimos. Não estou dizendo que é uma correlação linear - a ausência de Dusan Vlahovic do time titular também pesou muito - mas está claro que a Juventus não pode se dar ao luxo de estar em modo de auto-imposição de danos. Não quando as apostas são tão altas.
2. Jogadores entrincheirados no campo de treinamento? O Sevilla é um conto de advertência: você pode ter visto o relato de torcedores furiosos, armados com pirotecnia e raiva reprimida, forçando os jogadores do Sevilla apassar a noite no campo de treinamento , após a derrota para o Celta no sábado. Os torcedores estão furiosos ao ver seu clube deslizar em direção à zona de rebaixamento — estão a quatro pontos da queda, com dois jogos para o fim — e sobrecarregados com uma dívida de € 300 milhões que, segundo as regras de estabilidade financeira da LaLiga, significa que nenhuma nova contratação pode ganhar mais de € 684.000, o menor valor nas duas principais divisões. Ah, e seu presidente está travando uma batalha feroz pelo controle com o ex-presidente, que por acaso é um estelionatário condenado e... seu próprio pai. Sim, a violência deve ser condenada e tudo mais, mas que tal uma supervisão adequada? Que tal alguns adultos na sala de Responsabilidade, talvez? Este é o clube que venceu duas das últimas cinco Ligas Europa. Monchi, o guru das transferências, esteve lá até dois anos atrás. A transparência permitiria uma supervisão colaborativa e, até certo ponto, protegeria os clubes do tipo de gente que — seja por incompetência, e às vezes pior — os leva à falência.
Gab Marcotti e Julien Laurens questionam a resposta de Ruben Amorim a mais uma derrota do Manchester United na Premier League.
1. Finalistas da Liga Europa se envergonham na Premier League: Há uma simetria estranha no fato de que, poucos dias após chegarem à final da Liga Europa, Manchester United e Tottenham Hotspur devem perder por 2 a 0 em casa (para West Ham United e Crystal Palace , respectivamente). O técnico do United, Ruben Amorim, chamou a campanha do United de "vergonhosa" e acrescentou que "abandonaria" o clube se a situação não fosse resolvida. (Provavelmente, se a situação não for resolvida, ele não terá a chance de se retirar; será expulso.) O técnico do Spurs, Ange Postecoglou, falou sobre a dificuldade de jogar futebol profissional enquanto se aprofunda nas competições europeias e na Copa da Liga Inglesa (o Spurs chegou à semifinal). O que é melhor: a honestidade brutal de Amorim ou a "explicação" de Postecoglou? Não sou fã de nenhuma das duas. No caso de Amorim, há um meio-termo entre delirar e despejar negatividade contínua (mesmo que justificada). No caso de Postecoglou, parece passar a responsabilidade para trás. O Aston Villa também foi longe na Europa e conquistou uma Copa do Mundo; no papel, seus elencos são comparáveis. Mesmo assim, eles estão 25 pontos e 11 posições acima do Tottenham. Será que são realmente os três jogos a mais que o Tottenham jogou que explicam a diferença? Será que também pode ser o técnico?
espn
