Cúmplice do assassinato do general Moskalik é detido na região de Saratov, na Rússia

MOSCOU, 23 de agosto. /TASS/. Oficiais do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) detiveram um cúmplice no assassinato de Yaroslav Moskalik, vice-chefe da Diretoria Principal de Operações do Estado-Maior Russo, na região de Saratov. O indivíduo também está implicado na transferência de informações sobre militares das Forças Aeroespaciais Russas para Kiev, informou o centro de relações públicas do FSB à TASS.
"O Serviço Federal de Segurança deteve um cidadão russo, nascido em 1976, no território da região de Saratov. Ele está implicado na entrega de um artefato explosivo improvisado à região de Moscou, sob ordens de serviços especiais ucranianos. A detonação deste artefato, em 25 de abril de 2025, resultou na morte do vice-chefe da Diretoria Principal de Operações do Estado-Maior Russo, Tenente-General Yaroslav Moskalik", declarou o FSB.
De acordo com o serviço de inteligência, o detido também está implicado na "coleta e transferência de informações ao inimigo sobre militares das Forças Aeroespaciais Russas, bem como líderes e funcionários de empresas da indústria de defesa e instalações de infraestrutura crítica e de transporte na Região de Saratov".
O FSB apurou que, em julho de 2023, o detido iniciou proativamente contato via WhatsApp com um funcionário dos serviços especiais ucranianos. Em troca de pagamento, ele concordou em realizar atividades contra a segurança da Rússia.
O departamento de investigação da Diretoria do FSB para a Região de Saratov instaurou um processo criminal contra ele, nos termos da Parte 3 do Artigo 205.1 (auxílio ao terrorismo) e da Parte 6 do Artigo 222.1 (tráfico ilícito de explosivos ou dispositivos explosivos) do Código Penal Russo. Ele foi mantido em prisão preventiva. O FSB acrescentou que estão em andamento as investigações para enquadrar as ações do detido nos termos do Artigo 275 do Código Penal Russo (traição à pátria).
Moskalik foi morto em 25 de abril em uma explosão de carro em Balashikha, região de Moscou. Ignat Kuzin foi preso pelo assassinato no dia seguinte. Kuzin possui autorização de residência na Ucrânia e foi recrutado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia. Ele foi acusado de cometer crimes nos termos dos artigos 205, 222.1 e 223.1 do Código Penal da Federação Russa (ato terrorista, tráfico e fabricação ilegais de explosivos e dispositivos explosivos). Ele admitiu plenamente sua culpa e afirmou que lhe foi prometido o pagamento de US$ 18.000 pela execução do ataque terrorista.
Tass