José Luís Carneiro afasta, de momento, comissão de inquérito a Luís Montenegro

José Luís Carneiro considerou esta terça-feira “razoável e sensato” deixar a justiça fazer o seu trabalho na averiguação preventiva ao primeiro-ministro. O candidato à liderança do PS afastou, por agora, uma comissão parlamentar de inquérito.
À chegada para um almoço com fundadores do PS, na Assembleia da República, José Luís Carneiro foi questionado sobre a sua posição em relação à comissão parlamentar de inquérito à empresa familiar de Luís Montenegro, proposta que foi entregue no final da legislatura pelo PS, ainda sob liderança do ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
“O Partido Socialista não pode abdicar de nenhum dos instrumentos de escrutínio da ação do Governo. As comissões de inquérito são um dos instrumentos de escrutínio do Governo. Contudo, é público que a Procuradoria-Geral da República tem em curso uma averiguação para procurar esclarecer dúvidas que ainda prevalecem sobre esses assuntos”, afirmou o dirigente socialista.
O, até agora, candidato único à liderança do PS defendeu que se deve deixar o assunto ser “tratado pela justiça”, argumentando ser aquilo que lhe “parece adequado, razoável, sensato à luz daquilo que são as informações que dispomos nesta altura”.
Questionado sobre se avançará caso haja novos elementos, Carneiro referiu que mesmo que estes venham a existir, esta decisão não é tomada unicamente pelo secretário-geral do PS. “Por isso é que o Partido Socialista tem órgãos constituídos, nomeadamente a sua direção nacional, mas tem também o Grupo Parlamentar, que é um dos órgãos do Partido Socialista, que contribui para a formação da decisão”, apontou.
Além da sua própria posição, segundo o socialista, qualquer pronúncia sobre o tema seria estar a substituir-se “aos órgãos que democraticamente constituem este partido, que é um partido democrático”.
Jornal Sol