O que aconteceu aos combustíveis esta semana? Veja os novos preços

Os preços dos combustíveis registaram um comportamento diferente no início desta semana, com a gasolina a manter o preço e o gasóleo a ficar ligeiramente mais barato, em linha com as previsões, segundo os preços médios atualizados esta terça-feira pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A gasolina simples 95 passou de 1,699 euros por litro para 1,698 euros por litro entre sexta e segunda-feira, o que significa que o preço praticamente se manteve.
Já o gasóleo simples baixou de 1,548 euros por litro para 1,543 euros por litro no mesmo período, o que significa menos meio cêntimo.
Os preços médios diários divulgados no site Preços dos Combustíveis Online, refira-se, "são apurados com base nos preços comunicados pelos postos de combustível, ponderados com as quantidades vendidas do último período conhecido, incorporando os descontos praticados nos postos de abastecimento como cartões frota e outros".
O que indicavam as previsões?
As previsões divulgadas no final da semana passada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) apontavam para uma redução de um cêntimo no caso do gasóleo e para uma manutenção do preço da gasolina nos níveis da semana anterior.
Fim do desconto no ISP? Governo está a trabalhar numa solução
O ministro das Finanças garantiu que o Governo está a trabalhar numa solução para o fim dos descontos no imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), recomendado pela Comissão Europeia, que não encareça os preços dos combustíveis.
"Procuraremos momentos de redução dos preços, para poder reverter estes descontos", afirmou o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, que apresentou hoje a proposta de Orçamento do Estado para 2026, em Lisboa.
O governante apontou que esta questão é colocada pela Comissão Europeia desde 2023, tendo sido "o único reparo" que a instituição fez na avaliação do Programa Orçamental de Médio Prazo, em outubro do ano passado, e numa nova carta recebida em junho, a instar o Governo a acabar com os descontos no ISP.
O ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, tinha já admitido, há uns dias, "ajustamentos" no preço dos combustíveis.
"A posição que o Governo tomou no ano passado foi de só fazer ajustamentos nos momentos em que haja quebra de preço da gasolina, para que as pessoas não sintam que vão pagar mais gasolina por causa do aumento das taxas", indicou Castro Almeida, destacando, ainda assim, que seria "impensável fazê-lo de uma só vez".
O Governo estima que as receitas com o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) subam 187 milhões de euros para 4.254 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 hoje apresentada.
"Este crescimento decorre do crescimento esperado no consumo privado", lê-se no documento.
O segundo orçamento elaborado pela equipa das Finanças liderada por Joaquim Miranda Sarmento, cuja proposta já foi aprovada em Conselho de Ministros, será discutido na generalidade no final do mês, com a votação final global agendada para 27 de novembro.
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