'Brasil 70 - A Saga do Tri': uma visão ousada e cômica da Seleção de 70

Resumo A série "Brasil 70 - A Saga do Tri", produzida pela Netflix e O2 Filmes, promete uma abordagem criativa e humorística da campanha do tricampeonato de 1970, com um elenco de destaque liderado por Rodrigo Santoro, Bruno Mazzeo e Lucas Agrícola.
A notícia de que "Brasil 70 - A Saga do Tri" está em produção pela Netflix e O2 Filmes é, por si só, empolgante para qualquer fã de futebol e história brasileira. Afinal, a campanha que levou ao tricampeonato mundial em 1970 é um capítulo lendário, repleto de genialidade em campo e um contexto político complexo. No entanto, a escalação do elenco principal para os bastidores dessa saga levanta uma questão fascinante: será que a série trará um toque de humor inusitado para essa história tão épica?
Com Rodrigo Santoro no papel de João Saldanha, Bruno Mazzeo como Zagallo e Lucas Agrícola interpretando Pelé, a minissérie de ficção da Netflix e O2 Filmes já sugere uma dinâmica interessante. Santoro é um ator de peso, capaz de dar a Saldanha a profundidade e o temperamento que o personagem exige. Mas é a presença de Bruno Mazzeo como o "Velho Lobo" Zagallo que acende a chama da especulação cômica.
Mazzeo, com seu timing impecável e sua veia para o humor, pode trazer uma leveza e até um certo tom caricato – no melhor sentido – para um treinador tão conhecido por sua intensidade e superstições. Será que veremos Zagallo em situações que, mesmo tensas, arrancarão risadas do público? A combinação de Santoro, Mazzeo e a juventude de Lucas Agrícola como Pelé certamente promete uma química única.
A direção geral, assinada por Paulo Morelli e Pedro Morelli, com episódios também dirigidos por Quico Meirelles, sugere uma visão criativa e diversificada. A criação de Naná Xavier e Rafael Dornellas, com a redação final dos roteiros por Naná Xavier e Felipe Sant'Angelo, reforça a expectativa de uma narrativa bem construída.
E o elenco é ainda mais robusto, com nomes como Marcelo Adnet (Eusébio Teixeira), Bruna Mascarenhas (Rosemeri), Gui Ferraz (Jairzinho), Ravel Andrade (Tostão), Maicon Rodrigues (Paulo Cézar Caju), Caio Cabral (Carlos Alberto), Daniel Blanco (Rivellino), Val Perré (Mário Américo), Lara Tremouroux (Rosa), Felipe Frazão (Leo), Fillipe Soutto (Gérson), Hugo Haddad (Félix), Victor Salomão (Dadá Maravilha) e José Beltrão (Parreira).
A presença de Marcelo Adnet, outro nome fortíssimo da comédia brasileira, como o misterioso Eusébio Teixeira, só reforça a impressão de que "Brasil 70" pode, sim, inovar ao injetar um humor sutil ou até escancarado em momentos inesperados, sem desrespeitar a seriedade histórica.
Você acha que uma pitada de comédia poderia adicionar uma camada interessante a essa história histórica, ou prefere uma abordagem puramente dramática?
(*) Rodrigo James é jornalista, criador de conteúdo e publica semanalmente a newsletter MALA com notícias, críticas e pensatas sobre cultura pop e entretenimento.
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