Romaria de São Paio representa tradição, fé e animação entre o mar e a ria

A Torreira veste-se de gala todos os anos, na primeira semana de setembro, para receber aquela que é a maior e mais emblemática festa popular do concelho da Murtosa e uma das maiores romarias de Portugal: a Romaria de São Paio da Torreira. Mais do que um evento religioso, é uma celebração que une tradição, devoção, música, alegria e a forte ligação da comunidade à Ria de Aveiro.
Este ano, a festa regressa hoje em força e prolonga-se até segunda-feira, prometendo noites de animação, concertos com grandes nomes da música nacional, imponentes descargas de fogo de artifício e, claro, a fé intocável no Santo Menino, protetor dos povos ribeirinhos.
Uma história de devoção secular
As raízes da Romaria de São Paio recuam ao século XVIII. Em 1758 já se registava, no “sítio da Torreira”, uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso, com altares laterais a São Lázaro e a São Paio.
Nessa época, São Paio era já invocado como advogado contra os males de saúde. O culto, ligado às febres quartãs que assolavam as populações devido à estagnação das águas da ria, ganhou força. O santo tornou-se símbolo de esperança para quem via no seu patrocínio uma proteção contra as doenças que, ciclicamente, devastavam famílias e comunidades.
A tradição popular guardou um ritual singular: o “banho ao santo” em vinho tinto. Na véspera e no próprio dia da festa, a imagem era banhada, e os romeiros bebiam desse vinho acreditando que os livraria das enfermidades. Um costume irreverente que, embora hoje já não se pratique, permanece na memória coletiva da região.
Ao longo dos séculos, a devoção cresceu. A pequena capela foi várias vezes soterrada pelas areias, mas reedificada com resiliência, símbolo da fé inabalável das gentes da Murtosa.
A festa maior da Ria de Aveiro
A Romaria de São Paio destaca-se não apenas pela dimensão religiosa, mas pela grandiosidade cultural e social. Durante dias, a pacata Torreira, que em condições normais conta com cerca de 3.500 habitantes, transforma-se num verdadeiro epicentro de celebração, acolhendo mais de 80 mil visitantes por dia. As ruas enchem-se de cor, música e movimento. O mar e a ria tornam-se palcos de espetáculos únicos, numa conjugação rara entre devoção e diversão.
Entre os momentos mais aguardados da Romaria de São Paio destacam-se as majestosas regatas de moliceiros à vela, um espetáculo de destreza e beleza que presta homenagem à embarcação mais icónica da região e que continua a maravilhar visitantes e locais.
Outro ponto alto são as corridas de bateiras e chinchorros, embarcações outrora utilizadas no duro labor da pesca que, por um dia, se transformam em verdadeiros barcos de competição, oferecendo provas renhidas e cheias de emoção. As noites ganham especial brilho com as espetaculares descargas de fogo de artifício no mar e na ria, que iluminam os céus e atraem milhares de olhares encantados, tornando-se num dos símbolos mais marcantes da festa.
De cariz mais religioso, a procissão solene percorre as ruas do centro da freguesia, repleta de referências ao universo piscatório, numa demonstração de fé que une devoção e identidade local, reforçando a ligação da comunidade ao Santo Menino.
Por fim, as animadas rusgas dão vida às ruas da Torreira. Formadas por grupos de romeiros munidos de instrumentos musicais, percorrem a freguesia entoando melodias populares, arrastando atrás de si multidões em ambiente de convívio, tradição e celebração.
A Torreira veste-se de gala todos os anos, na primeira semana de setembro, para receber aquela que é a maior e mais emblemática festa popular do concelho da Murtosa e uma das maiores romarias de Portugal: a Romaria de São Paio da Torreira. Mais do que um evento religioso, é uma celebração que une tradição, devoção, música, alegria e a forte ligação da comunidade à Ria de Aveiro.
Este ano, a festa regressa hoje em força e prolonga-se até segunda-feira, prometendo noites de animação, concertos com grandes nomes da música nacional, imponentes descargas de fogo de artifício e, claro, a fé intocável no Santo Menino, protetor dos povos ribeirinhos.
Uma história de devoção secular
As raízes da Romaria de São Paio recuam ao século XVIII. Em 1758 já se registava, no “sítio da Torreira”, uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso, com altares laterais a São Lázaro e a São Paio.
Nessa época, São Paio era já invocado como advogado contra os males de saúde. O culto, ligado às febres quartãs que assolavam as populações devido à estagnação das águas da ria, ganhou força. O santo tornou-se símbolo de esperança para quem via no seu patrocínio uma proteção contra as doenças que, ciclicamente, devastavam famílias e comunidades.
A tradição popular guardou um ritual singular: o “banho ao santo” em vinho tinto. Na véspera e no próprio dia da festa, a imagem era banhada, e os romeiros bebiam desse vinho acreditando que os livraria das enfermidades. Um costume irreverente que, embora hoje já não se pratique, permanece na memória coletiva da região.
Ao longo dos séculos, a devoção cresceu. A pequena capela foi várias vezes soterrada pelas areias, mas reedificada com resiliência, símbolo da fé inabalável das gentes da Murtosa.
A festa maior da Ria de Aveiro
A Romaria de São Paio destaca-se não apenas pela dimensão religiosa, mas pela grandiosidade cultural e social. Durante dias, a pacata Torreira, que em condições normais conta com cerca de 3.500 habitantes, transforma-se num verdadeiro epicentro de celebração, acolhendo mais de 80 mil visitantes por dia. As ruas enchem-se de cor, música e movimento. O mar e a ria tornam-se palcos de espetáculos únicos, numa conjugação rara entre devoção e diversão.
Entre os momentos mais aguardados da Romaria de São Paio destacam-se as majestosas regatas de moliceiros à vela, um espetáculo de destreza e beleza que presta homenagem à embarcação mais icónica da região e que continua a maravilhar visitantes e locais.
Outro ponto alto são as corridas de bateiras e chinchorros, embarcações outrora utilizadas no duro labor da pesca que, por um dia, se transformam em verdadeiros barcos de competição, oferecendo provas renhidas e cheias de emoção. As noites ganham especial brilho com as espetaculares descargas de fogo de artifício no mar e na ria, que iluminam os céus e atraem milhares de olhares encantados, tornando-se num dos símbolos mais marcantes da festa.
De cariz mais religioso, a procissão solene percorre as ruas do centro da freguesia, repleta de referências ao universo piscatório, numa demonstração de fé que une devoção e identidade local, reforçando a ligação da comunidade ao Santo Menino.
Por fim, as animadas rusgas dão vida às ruas da Torreira. Formadas por grupos de romeiros munidos de instrumentos musicais, percorrem a freguesia entoando melodias populares, arrastando atrás de si multidões em ambiente de convívio, tradição e celebração.
A Torreira veste-se de gala todos os anos, na primeira semana de setembro, para receber aquela que é a maior e mais emblemática festa popular do concelho da Murtosa e uma das maiores romarias de Portugal: a Romaria de São Paio da Torreira. Mais do que um evento religioso, é uma celebração que une tradição, devoção, música, alegria e a forte ligação da comunidade à Ria de Aveiro.
Este ano, a festa regressa hoje em força e prolonga-se até segunda-feira, prometendo noites de animação, concertos com grandes nomes da música nacional, imponentes descargas de fogo de artifício e, claro, a fé intocável no Santo Menino, protetor dos povos ribeirinhos.
Uma história de devoção secular
As raízes da Romaria de São Paio recuam ao século XVIII. Em 1758 já se registava, no “sítio da Torreira”, uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Bom Sucesso, com altares laterais a São Lázaro e a São Paio.
Nessa época, São Paio era já invocado como advogado contra os males de saúde. O culto, ligado às febres quartãs que assolavam as populações devido à estagnação das águas da ria, ganhou força. O santo tornou-se símbolo de esperança para quem via no seu patrocínio uma proteção contra as doenças que, ciclicamente, devastavam famílias e comunidades.
A tradição popular guardou um ritual singular: o “banho ao santo” em vinho tinto. Na véspera e no próprio dia da festa, a imagem era banhada, e os romeiros bebiam desse vinho acreditando que os livraria das enfermidades. Um costume irreverente que, embora hoje já não se pratique, permanece na memória coletiva da região.
Ao longo dos séculos, a devoção cresceu. A pequena capela foi várias vezes soterrada pelas areias, mas reedificada com resiliência, símbolo da fé inabalável das gentes da Murtosa.
A festa maior da Ria de Aveiro
A Romaria de São Paio destaca-se não apenas pela dimensão religiosa, mas pela grandiosidade cultural e social. Durante dias, a pacata Torreira, que em condições normais conta com cerca de 3.500 habitantes, transforma-se num verdadeiro epicentro de celebração, acolhendo mais de 80 mil visitantes por dia. As ruas enchem-se de cor, música e movimento. O mar e a ria tornam-se palcos de espetáculos únicos, numa conjugação rara entre devoção e diversão.
Entre os momentos mais aguardados da Romaria de São Paio destacam-se as majestosas regatas de moliceiros à vela, um espetáculo de destreza e beleza que presta homenagem à embarcação mais icónica da região e que continua a maravilhar visitantes e locais.
Outro ponto alto são as corridas de bateiras e chinchorros, embarcações outrora utilizadas no duro labor da pesca que, por um dia, se transformam em verdadeiros barcos de competição, oferecendo provas renhidas e cheias de emoção. As noites ganham especial brilho com as espetaculares descargas de fogo de artifício no mar e na ria, que iluminam os céus e atraem milhares de olhares encantados, tornando-se num dos símbolos mais marcantes da festa.
De cariz mais religioso, a procissão solene percorre as ruas do centro da freguesia, repleta de referências ao universo piscatório, numa demonstração de fé que une devoção e identidade local, reforçando a ligação da comunidade ao Santo Menino.
Por fim, as animadas rusgas dão vida às ruas da Torreira. Formadas por grupos de romeiros munidos de instrumentos musicais, percorrem a freguesia entoando melodias populares, arrastando atrás de si multidões em ambiente de convívio, tradição e celebração.
Diario de Aveiro