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Num rescaldo do anúncio efetuado pelo Governo durante o final da tarde de quinta-feira sobre o programa do governo, que foi aprovado em conselho de ministros, Paulo Núncio reforça a importância dos “10 eixos prioritários” que constam no documento que será apresentado este sábado.
No explicador da Rádio Observador, o deputado do CDS-PP menciona o “aumento de rendimento que aumenta salários e pensões”, a “redução do IRS e do IRC”, a “reforma de estado com ataque sem precedentes à burocracia”, o “reforço da segurança dos cidadãos com combate mais efetivo ao crime” e dá uma especial atenção ao “controlo da imigração”.
Sobre este último tema, Paulo Núncio refere que o Governo “está a fazer aquilo que tem de ser feito”, referindo que tem de “por a imigração na ordem depois do caos das portas escancaradas e da extinção do SEF que foi deixado pelo PS”. O líder da bancada parlamentar do CDS reforça que “os imigrantes que estão atualmente ilegais em Portugal têm que abandonar o país”, deixando a mensagem: “imigração regulada sim, imigração desregulada nunca mais”.
Em resposta, a deputada do PS Marina Gonçalves acusa a AD de se “colar à agenda do Chega” sobre a imigração, dizendo que o discurso de Paulo Núncio é o utilizado por partidos de extrema-direita, referindo que é necessário ter “capacidade de ouvir [as preocupações dos portugueses] sem perder o humanismo”. Remetendo para o programa anunciado pelo ministro da Presidência António Leitão Amaro, a deputada socialista refere ainda não conhecer o documento, mas aponta para a “total ausência de áreas fundamentais de governação”, nomeadamente a habitação.
Marina Gonçalves diz que o Partido Socialista vê com “alguma preocupação” a direção da Reforma do Estado indicada pelo Governo — não a simplificação da burocracia, onde admite existir pontos de convergência — mas sim pela dimensão “menos estado, menos serviços sociais” que se encontra subjacente no programa. Ainda assim, reconhece que o papel do PS neste legislatura continua a ser o de oposição, comprometendo-se a opor um “programa que na sua grande maioria não é sequer coincidente com o ponto de vista socialista”, mas não refutam a capacidade de diálogo com o Executivo de Luís Montenegro.
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