Engenharia Aeroespacial no Porto volta a ter nota mais alta

As vagas que transitam para a segunda fase aumentaram 130,4% em relação a 2024, sendo que 11.513 lugares ainda não têm alunos atribuídos. Mas não é provável que isso venha a acontecer, porque 90,1% dos alunos já encontrou colocação — e 90,9% ficaram numa das suas três primeiras opções, detalha o Ministério da Educação.
Quanto às bolsas, regista-se a colocação de menos estudantes beneficiários de escalão A de ação social escolar relativamente ao ano passado. 1.548 encontraram lugar nas universidades portuguesas, menos que os 1.655 de 2024. “Para assegurar melhores condições de início de ano letivo para estudantes carenciados, são antecipadas para a fase de colocação as decisões dos requerimentos de bolsas de estudo submetidos pelos estudantes colocados na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso que sejam beneficiários de abono de família até ao 3.o escalão, que será decidida e notificada de imediato. Em seguida serão decididas e notificadas as relativas à atribuição das bolsas +Superior, que visam apoiar a frequência do ensino superior e contribuir para a fixação de jovens em regiões do país com menor procura e menor pressão demográfica”, anuncia o Ministério da Educação.
Contudo, este ano também se verificou uma diminuição, de 21,1% quanto ao ano passado, dos estudantes colocados em instituições localizadas em regiões com menor procura e menor pressão demográfica.
Após esta primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, duas instituições esgotaram as suas vagas. É o caso do ISCTE, com 1.214 colocados e onde o curso de média mais alta (16,65) é o de Psicologia, e a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, com 278 colocados no único curso, que dá o nome à escola e em que a última pessoa entrou com 15,1 valores.
É ainda em Lisboa que se situa a instituição que mais alunos integrou nesta primeira fase: a Universidade de Lisboa, com 7.076 alunos. Seguem-se a Universidade do Porto, com 4.929, e a Universidade de Coimbra, com 3.475 alunos. Nestas duas últimas instituições, o número de vagas preenchidas inclui os colocados nas Escolas Superiores de Enfermagem das duas cidades, respetivamente.
Por outro lado, é em Trás-os-Montes que se situa a instituição onde mais vagas sobraram. No Instituto Politécnico de Bragança, 1.282 lugares ainda aguardam por alunos, sendo que 762 vão ali prosseguir os seus estudos.
… e os cursos que ninguém quisDe um ano para o outro, cresceu o número de cursos superiores em que nenhuma pessoa ficou colocada. Em 2025, são 41, mais dez do que há um ano. É novamente o Instituto Politécnico de Bragança que conta com mais licenciaturas vazias, onze em vez das nove registadas em 2024. Gerontologia, Engenharia de Energias Renováveis, Educação Ambiental ou Enologia foram alguns dos cursos que não atraíram ninguém.
O top 3 é fechado pelos Institutos Politécnicos de Guarda e Portalegre, com cinco cursos vazios cada um.
As licenciaturas que ninguém escolheu são todas dadas em Institutos Politécnicos, com exceção de duas: Agronomia, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, e Cidades Sustentáveis e Inteligentes, na Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Em 2024, eram quatro os cursos vazios fora de um Politécnico.
No momento de escolher um curso, os estudantes portugueses parecem estar na sua primeira opção mais inclinados para as áreas da Engenharia, Saúde e Ciências Empresariais, uma ordem que difere da registada no ano passado, quando as licenciaturas destinadas a formar novos profissionais de saúde estavam em terceiro lugar.
Porém, comparativamente a 2024, as três áreas têm menos colocados e candidatos, sendo que a maior queda nas colocações se regista nas Engenharias (menos 1.018). Menos 236 alunos encontraram um lugar em Saúde, e menos 758 em Ciências Empresariais.
observador