VAR, penáltis e um vermelho: os casos da final

Começou por ser um jogo relativamente fácil de dirigir, acabou por tornar-se um jogo com vários casos de análise e com o VAR a assumir um papel de protagonismo ao nível daquele que Luís Godinho tinha enquanto árbitro principal. A final da Taça de Portugal, que terminou com a vitória do Sporting frente ao Benfica após prolongamento por 3-1, terminou com os encarnados a apresentarem razões de queixa ao juiz da Associação de Évora, incluindo a acalorada intervenção de Bruno Lage logo após o final de um encontro que teve também os bancos particularmente ativos e com alguns despiques diretos ao longo dos 120 minutos.
[Ouça aqui a análise do antigo árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
Ainda nos 20 minutos iniciais, Luís Godinho teve dois lances para analisar na área do Sporting. No primeiro, o remate de Bruma foi cortado pelo braço de Gonçalo Inácio, o árbitro assinalou grande penalidade mas a decisão seria revertida pelo VAR, não pela questão da intencionalidade ou não mas por um fora de jogo de Kökçü no início da jogada (11′). Pouco depois, Dahl caiu na área num lance com Hjulmand, Godinho fez de imediato o sinal de simulação com respetivo amarelo para o sueco e o VAR considerou a decisão boa (11′).
No arranque da segunda parte, dois golos marcados mas apenas um validado. No primeiro, o setor defensivo do Sporting quase fez um compasso de espera na expetativa de uma falta sobre Geny Catamo que não foi assinalada, a jogada seguiu e Kökçü rematou sem hipóteses para Rui Silva num lance que, revisto pelo VAR, foi considerado legal por não haver falta sobre o moçambicano (47′). Logo a seguir, depois de uma boa jogada coletiva, Bruma bateu Rui Silva, os jogadores do Sporting voltaram a protestar por uma falta no início do lance e o VAR decidiu chamar Godinho, que assinalou infração de Carreras sobre Trincão (50′).
Já na parte final do tempo regulamentar, depois dos dez minutos de compensação dados devido às muitas paragens na partida, mais dois casos: Matheus Reis atingiu Belotti quando o italiano estava no chão para um lance passível de cartão vermelho que não teve qualquer intervenção do VAR (90+5′), o mesmo acontecendo na jogada que originou o empate e respetivo prolongamento com falta de Renato Sanches na área sobre Gyökeres que foi assinalada em campo por Luís Godinho e confirmada pelo vídeoárbitro (90+9′).
observador