Processo de resgate de 70 cães em Foz Côa no MP

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Processo de resgate de 70 cães em Foz Côa no MP

Processo de resgate de 70 cães em Foz Côa no MP

O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) revelou esta quarta-feira que decorre um processo no Ministério Público (MP) relacionado com o resgate dos 70 cães do Canil municipal de Vila Nova de Foz Côa.

“Os animais resgatados foram distribuídos pela MIDAS, Santuário Animal Vida Boa e pelo Núcleo de Intervenção e Resgate Animal (IRA), decorrendo um processo no MP” revelou à Lusa o ICNF, quando solicitado a fazer um ponto de situação em relação ao resgate dos 70 cães do Canil Municipal de Vila Nova de Foz Côa que aconteceu na sexta-feira.

A ação decorreu no âmbito de uma investigação sobre maus-tratos a animais de companhia e foi desenvolvida pelo Núcleo de Investigação de Crimes e Contraordenações Ambientais (NICCOA) da GNR, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Segundo a GNR, na sequência desta operação, “foi determinado o resgate e o encaminhamento dos animais para associações de acolhimento, bem como o encerramento do canil, por falta de licenciamento, através do ICNF”.

O presidente da Intervenção e Resgate Animal (IRA) afirmou esta quarta-feira que, após o seu resgate do Canil Municipal de Foz Côa, os 39 cães acolhidos por esta organização estão estabilizados e a recuperar e acompanhados por veterinários.

“Neste momento o balanço é positivo, porque os nossos 39 animais estão estabilizados, a recuperar e a melhorar. Neste momento, estão a ser acompanhados e avaliados pelos nossos médicos veterinários”, disse à agência Lusa Tomás Pires.

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O responsável disse que, dos 70 cães resgatados na sexta-feira do canil que se encontrava ilegal, houve um, a cargo de outra instituição de acolhimento, que acabou por morrer.

Tomás Pires acrescentou ainda, que de momento há cadelas em fase de gestação, há animais completamente parasitados e animais muito debilitados, devido à febre da carraça, anemias e outros problemas clínicos associados.

Também o Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (HVUTAD), em Vila Real, recebeu 13 destes animais para tratamento e esterilização.

“Fomos solicitados para dar uma abordagem clínica rápida para ver o estado geral deles, desparasitá-los, porque estavam num estado um pouco lastimável, e castrá-los”, explicou à agência Lusa o diretor do HVTMAD, Filipe Silva.

Segundo o responsável, estes cães estavam “subnutridos, muito parasitados, com feridas por insetos e escoriações”.

Os animais chegaram à UTAD na sexta-feira e a operação mobilizou vários veterinários deste hospital.

Depois do tratamento, cirurgias e desparasitação dos 13 animais, fêmeas e machos, estes foram reencaminhados para o Santuário Vida Boa, onde vão recuperar e esperar por uma adoção.

Segundo Tomás Pires, tudo isto vem contrariar as afirmações do presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, quando disse que “foi iniciado um processo de esterilização dos animais e que foram investidos mais de 50 mil euros em cuidados com os 70 cães existentes neste canil municipal”.

O ativista questionou ainda porque é que o município de Vila Nova de Foz Coa, que se mostrou tão interessados no bem-estar animal, ainda não contactou associação Midas, Santuário Vida Boa ou o IRA.

Na mesma altura o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, João Paulo Sousa, disse à Lusa “não fazer ideia se o canil estava ilegal ou não”.

João Paulo Sousa acrescentava que o canil em causa “é municipal e que as regras de funcionamento que já vinham de há imenso tempo eram completamente diferentes, e agora com as novas edificações evidentemente que era difícil legalizar o canil”.

Contactado esta quarta-feira pela Lusa, o município de Vila Nova de Foz Côa prometeu esclarecimentos para mais tarde.

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