Novo Governo: A pressão, as polémicas e um desígnio

Quando Luís Montenegro entrou no Palácio da Ajuda, para tomar posse pela segunda vez em menos de dois anos como primeiro-ministro, fê-lo com um trunfo na manga: a declaração de guerra à burocracia, que deverá ser a marca deste seu novo governo. O anúncio do Ministério da Reforma do Estado marcou o arranque do Executivo e gerou grande expectativa, num discurso assente na ideia de que a descida dos impostos é para continuar, o aumento da despesa com a Defesa uma prioridade, o controlo da imigração e da segurança grandes apostas e os salários só são para subir se se criar mais riqueza.

Gonçalo Saraiva MatiasO homem do desígnioLuís Montenegro já tem um desígnio. Neste seu segundo governo, a Reforma do Estado cumpre esse papel. Se da primeira vez que foi eleito passou os primeiros meses a apresentar pacotes, agora espera-se que rapidamente apresente as linhas gerais desta Reforma do Estado, que descreveu como uma “guerra à burocracia”, mas que talvez seja mais do que isso, num plano que – como já revelou Montenegro – deverá passar por todos os departamentos do Estado.
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