Cidades na fronteira do AC com a Bolívia fazem novo 'Dia D’ contra sarampo; confira locais
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Vacinação contra o sarampo no Acre — Foto: Arquivo/Prefeitura de Brasiléia
As cidades, localizadas na região do Alto Acre, que fica na faixa fronteiriça com cidades bolivianas, estão entre as que precisaram intensificar campanhas para ampliar a cobertura vacinal contra a doença.
O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Sesacre. Sete casos suspeitos estavam em investigação até a manhã desta sexta-feira (25).
Em Brasiléia, as doses serão aplicadas na ponte internacional Wilson Pinheiro, que dá acesso a Cobija. Também vai haver vacinação na Farmácia Municipal e na Unidade Básica de Saúde (UBS) Antônio Monteiro dos Reis. (Confira mais abaixo)
Já Epitaciolândia vai fazer o Dia D na Praça Edmundo Pinto e na UBS José Francisco do Nascimento.
Confira os locais e horários:
Ponto de vacinação será instalado próximo à Ponte Wilson Pinheiro, em Brasiléia — Foto: Fernando Oliveira/Arquivo pessoal
- Ponte internacional Wilson Pinheiro;
- Farmácia Municipal - Avenida Doutor Manoel Marinho Montes, nº 1650, bairro Três Botequins;
- UBS Antônio Monteiro dos Reis - Rua Prefeito Valdemir Lopes, bairro José Moreira.
Um dos locais de imunização em Epitaciolândia será a Praça Edmundo Pinto — Foto: Arquivo/Prefeitura de Epitaciolândia
- Praça Edmundo Pinto;
- UBS José Francisco do Nascimento.
Um balanço parcial da Divisão de Imunização e Rede de Frio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) mostrou que, do dia 24 de junho até o último dia 18 de julho, foram aplicadas 12.962 doses da tríplice viral e outras 623 da dupla viral. Com isso, ao todo, foram feitas 13.585 aplicações no estado.
O balanço, entretanto, não lista a quantidade de doses por município nem as faixas etárias imunizadas.
Sete cidades do Acre fazem fronteira com a Bolívia; faixa tem mais de 600 km — Foto: Renato Menezes/Arte g1
A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.
De acordo com o último boletim da Bolívia compartilhado pela Sesacre, já são 148 casos confirmados de sarampo no país vizinho.
A maior parte (124) das confirmações vem do distrito de Santa Cruz. Já em Pando, onde fica a cidade de Cobija, vizinha ao Acre, somente um caso foi confirmado.

Ação fez parte das medidas de prevenção contra o sarampo na Expoacre 2025
O município de Epitaciolândia, inclusive, vai organizar mais uma edição do Dia D contra o sarampo neste sábado (26). A imunização tem como público alvo a população de seis meses de vida até 59 anos, e vai ocorrer na Praça Edmundo Pinto e na UBS José Francisco do Nascimento, das 8h às 16h
Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por se tratar de uma doença contagiosa e com circulação confirmada no país vizinho, a vigilância precisa ser redobrada, especialmente em áreas de fronteira.
“Nesse momento, o público-alvo foi ampliado. Estamos aplicando a chamada dose zero em crianças a partir de seis meses e até menores de um ano. Já a vacina de rotina, que faz parte do calendário básico, começa a partir de um ano de idade”, explicou a técnica de enfermagem Gilmara Lopes ao Bom dia Acre.
No sábado (19), o Plano Nacional de Imunizações no Acre (PNI-AC) também organizou um mutirão de vacina no Parque de Exposições Wildy Viana, onde está sendo montada a estrutura para a Expoacre 2025 em Rio Branco.
A ação buscou imunizar os trabalhadores e todo o público que visitou o local durante o lançamento da programação, com o objetivo de se adiantar à concentração de um grande número de pessoas durante a feira.
Coordenadora do órgão, Renata Quiles ressaltou que até a manhã de sábado a procura pelas doses na ação era baixa. Ela também alertou que o público adulto e de idosos têm procurado unidades para buscar a tríplice viral, aplicada contra o sarampo, mas, o foco principal é o de crianças abaixo dos dois anos de idade. Esta faixa etária está abaixo da meta, que é de 95%.
"Nós não temos registro dela desde 2000 aqui no estado do Acre, mas a doença nunca chegou tão perto da gente como está agora, tanto com casos confirmados na Bolívia, até em Pando. Como a gente já tem os casos suspeitos que estão em investigação no nosso estado, o único método seguro e eficaz é a vacinação, a forma de prevenir”, completou a gestora.

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Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.
“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.
As demais orientações dadas pela profissional são:
- Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;
- Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;
- Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.

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Globo