Apagão: Empresas nacionais estimam prejuízos superiores a 2.000 milhões de euros

Num comunicado, a AIP disse que 71% das empresas «reportaram falhas em compromissos com clientes, como entregas e serviços», sendo que os resultados evidenciam «fragilidades no plano energético», mostrando que 57% das empresas não têm sistemas de energia de emergência, como geradores ou baterias de backup.
Por outro lado, «no plano financeiro, 99% das empresas afetadas indicaram prejuízos, tendo sido mais elevados no sector industrial. Estima-se que o prejuízo das empresas nacionais tenha sido superior a dois mil milhões de euros», refere o comunicado.
Segundo os resultados do inquérito, a maioria das empresas (67%) considera que deve ser compensada, com as formas de indemnização mais defendidas a serem «a compensação direta (43%) e a redução de tarifas ou impostos sobre energia (32%)».
O inquérito revela ainda «um forte consenso quanto à responsabilização, com 93% das empresas a defenderem que os governos de Portugal e de Espanha devem apurar responsabilidades e assumir compensações».
Também a REE – Rede Elétrica de Espanha e a REN – Redes Energéticas Nacionais são consideradas pelas empresas «as principais responsáveis pelos prejuízos causados pelo apagão».
O inquérito mostrou ainda que «49% das empresas ponderam apresentar queixa formal, enquanto 42% não tencionam fazê-lo».
O inquérito aos impactos do apagão que afetou a Península Ibérica em 28 de abril auscultou 1.710 sociedades comerciais, entre 02 e 06 maio de 2025 em todo o território nacional.
Fotos: Bruno Filipe Pires
Barlavento