Algarve pela Palestina organiza ações de sensibilização em solidariedade com crianças palestinianas

A plataforma cívica apartidária Algarve pela Palestina vai realizar várias ações de sensibilização em solidariedade pelas crianças palestinianas, vítimas de um conflito prolongado. As ações vão decorrer em Faro, entre 20 e 30 de agosto, e em Portimão, a 23 de agosto.
Como plataforma civil, os organizadores decidiram expressar a sua solidariedade através de vigílias diárias em Faro, nos dias úteis do mês de agosto, nomeadamente a 20, 21, 22, 25, 26, 27, 28 e 29, entre as 16h30 e as 18h30, junto à CCDR. Em Portimão, está prevista uma ação de sensibilização no dia 23 de agosto de 2025, a partir das 18h00, no Novo Coreto – Largo do Dique, em frente à Casa Inglesa, com exposições de imagens, infografia e simbologia.
Os organizadores sublinham que Israel ocupa ilegalmente a Palestina há mais de 77 anos, violando diariamente os direitos humanos do povo palestiniano. Estas violações sistemáticas são sustentadas pela ocupação e pelo regime de apartheid do Estado de Israel. Nas últimas décadas, as políticas sionistas e as incursões militares israelitas mataram centenas de milhares de palestinianos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Desde finais de 2023, com o início do que a plataforma descreve como “Genocídio em Gaza”, Israel tem vindo a perpetuar e reforçar a sua política de limpeza étnica, tendo como alvo principal as crianças palestinianas, que representam o futuro da Palestina.
Segundo o último relatório das Nações Unidas, nas últimas semanas, pelo menos dez crianças palestinianas por dia morreram de fome em Gaza devido ao cerco imposto por Israel; pelo menos dez crianças por dia foram amputadas, muitas delas sem anestesia, devido às armas letais e aos bombardeamentos indiscriminados; e pelo menos 28 crianças foram assassinadas diariamente. Desde o início do genocídio, pelo menos 18.000 crianças foram mortas, estima-se que muitas mais permanecem debaixo dos escombros, cerca de 39.000 tornaram-se órfãs e aproximadamente 4.000 sofreram amputações, das quais 1.000 sem anestesia. Pelo menos 94 crianças morreram de fome, número que continua a aumentar.
Atualmente, cerca de 300 crianças permanecem sob custódia prisional de Israel, alegadamente raptadas das suas casas e famílias sem quaisquer bases legais. Relatos de médicos em Gaza também registam ferimentos de crianças causados por snipers israelitas, sublinhando a gravidade da situação humanitária.
Jornal do Algarve