As últimas responsabilidades de um médico de atenção primária à saúde. 7 capítulos

- Os padrões para a Atenção Primária à Saúde (APS) foram anunciados pelo Ministério da Saúde em 31 de dezembro de 2024
- A lista completa de requisitos pode ser encontrada no anexo ao edital publicado no Diário Oficial do Ministro da Saúde (item 145)
- As diretrizes estão divididas em 7 áreas principais, como: atendimento ao paciente, respeito aos direitos do paciente, organização do trabalho, melhoria da qualidade, gestão de pessoas, documentação e segurança.
- O objetivo das novas regras é melhorar a qualidade dos serviços médicos e aumentar a segurança dos pacientes nas clínicas de atenção primária.
Em 31 de dezembro de 2024 , foi publicado no Diário Oficial do Ministério da Saúde o edital referente às normas de acreditação na área de atenção primária à saúde .
- Nos termos do art. 22 seção 5 da Lei de 16 de junho de 2023 sobre qualidade em assistência médica e segurança do paciente (Diário Oficial, item 1692), são anunciados os padrões de acreditação no campo da atenção primária à saúde, constituindo um anexo ao anúncio - lemos.
Os padrões de acreditação são divididos em partes individuais:
I. Assistência ao paciente (CP)
Como lemos na descrição, a prestação de cuidados adequados é um processo que requer a organização e a gestão de vários aspetos da assistência à saúde. Para prestar um atendimento adequado, é necessário estabelecer o escopo de competências de cada pessoa, concordar com as ações tomadas e garantir um fluxo eficiente de informações:
- Independentemente da forma de emprego do pessoal da unidade, eles devem cooperar estreitamente entre si.
- a assistência primária ao paciente na atenção primária também deve incluir medidas preventivas visando melhorar a eficácia da saúde;
- a análise de vários indicadores de saúde é um bom método de monitoramento dos resultados clínicos obtidos;
- o atendimento ao paciente na atenção primária deve ser acessível e bem organizado;
- o paciente deve poder marcar facilmente uma consulta no local selecionado de uma determinada unidade, bem como ter a oportunidade de obter aconselhamento de um médico, enfermeiro ou parteira de várias formas, em particular como parte de uma teleconsulta ou visita domiciliária.
O uso tanto do telefone quanto de comunicadores modernos, que permitem o envio de uma foto ou uma conexão audiovisual, facilita a busca por aconselhamento médico, principalmente quando o médico conhece bem o paciente e seu histórico médico, bem como quando o paciente mora longe do consultório ou tem dificuldade de se locomover e chegar ao consultório. O profissional de saúde deve desenvolver uma abordagem abrangente ao cuidado prestado, garantindo a acessibilidade esperada e uma abordagem coordenada ao cuidado do paciente, abrangendo tanto a promoção da saúde quanto o tratamento eficaz.
II. Cuidados integrais (CCA)
Foi afirmado que a integralidade e a versatilidade do atendimento são características fundamentais que distinguem as competências de um médico de atenção primária das competências de médicos especialistas. Envolve fornecer cuidados de saúde abrangentes ao paciente, independentemente de sua idade, sexo e problema de saúde. A Equipe de Atenção Primária realiza ações preventivas e terapêuticas em entidades patológicas específicas.
Foi lembrado que um médico de atenção primária tem competências básicas em muitas especialidades médicas, não apenas medicina interna e pediatria, mas também especialidades cirúrgicas, como laringologia, oftalmologia ou ginecologia, mas limitadas às condições clínicas mais comuns e moderadamente complicadas. No caso de problemas de saúde mais complexos, o médico de atenção primária deve ser responsável por coordenar vários níveis de assistência médica, como atendimento ambulatorial especializado (AOS) ou tratamento hospitalar, adaptando o plano de tratamento às necessidades individuais do paciente. Um elemento fundamental do atendimento integral é garantir acesso adequado aos serviços de saúde.
Quando um paciente é tratado por diversas entidades dentro do sistema de saúde, é particularmente importante garantir a continuidade do tratamento. Déficits de qualidade e eventos adversos ocorrem com mais frequência durante a fase de transferência do paciente. Um atendimento médico eficiente deve permitir a transferência eficiente não apenas do paciente, mas também de informações sobre ele que sejam importantes para o tratamento posterior. Isso se aplica tanto às informações fornecidas pela entidade que fornece serviços de atenção primária à saúde a outros prestadores de serviços, quanto à obtenção de feedback. A organização adequada das atividades terapêuticas ajudará a melhorar o processo de tratamento. Ela nos permite evitar repetições e erros e fornece ao paciente um atendimento médico eficaz e abrangente. É importante garantir um fluxo tranquilo de informações entre todas as entidades envolvidas no tratamento do paciente. Isso evitará deixar o paciente desacompanhado e garantirá sua segurança e a eficácia da terapia – lemos.
III. Direitos e Obrigações do Paciente (PRO)
Como mencionado, no modelo de medicina de família, o cuidado direto e pessoal do médico de atenção primária ao paciente e sua família, baseado na confiança mútua, é considerado de suma importância. Um relacionamento empático e baseado em parceria entre um médico de atenção primária e um paciente, bem como uma abordagem personalizada aos problemas do paciente, ajudam a construir confiança, o que aumenta a chance de participação consciente do paciente no cuidado de sua saúde e no envolvimento no processo de tratamento.
Um paciente que utiliza serviços de saúde espera não apenas alta competência médica da equipe, mas também ser tratado com respeito e gentileza. Relações de entendimento mútuo entre o paciente e a equipe facilitam a consideração das necessidades individuais do paciente, sua participação consciente no processo de tratamento e maior adesão (seguimento das recomendações do médico), o que aumenta as chances de sucesso do tratamento. O método básico para verificar como os pacientes avaliam a qualidade dos cuidados de saúde em uma unidade é coletar feedback dos pacientes na forma de uma pesquisa.
A unidade implementa mecanismos para fazer cumprir as obrigações dos pacientes, em particular:
- uma ordem para se comportar de maneira culta e não perturbar outros pacientes;
- a obrigação de manter a higiene e a ordem pessoal;
- respeito pela equipe e outros profissionais de saúde (especialmente aqueles que prestam cuidados aos pacientes);
- nenhuma tolerância à agressão contra funcionários (informações sobre a proteção devida a um funcionário público).
Como lemos, o gerente e a equipe devem respeitar os direitos do paciente e exigir com tato que ele cumpra suas obrigações. Treinamentos sobre o tema devem ser realizados periodicamente, no mínimo uma vez ao ano, e devem ser conduzidos por pessoas com formação e conhecimento atualizado, com base nos editais e posicionamentos do Provedor de Justiça dos Direitos do Paciente. No entanto, respeitar os direitos dos pacientes por si só não garante uma alta avaliação do atendimento pelos pacientes: um componente inerente ao atendimento deve ser a empatia da equipe para com os pacientes, a gentileza e a sensibilidade às necessidades psicológicas individuais.
Foi também mencionado que, no caso de menores, doentes incapacitados ou doentes incapazes de dar consentimento informado, as normas de acreditação aplicam-se também aos representantes legais do doente, nos termos previstos na legislação geral aplicável.
O paciente participa do processo de escolha de um procedimento médico: ele recebe informações sobre métodos alternativos de tratamento e participa do processo de escolha de um método de tratamento.
4. Melhoria da Qualidade (QI)
Melhorar a qualidade se resume a melhorar processos importantes de prestação de serviços e cuidados ou a melhorar efeitos importantes – da perspectiva do paciente – resultantes dos processos implementados. Os efeitos são geralmente classificados em efeitos médicos – recuperação, melhora da saúde, redução dos sintomas, prevenção de eventos médicos indesejados e efeitos não médicos importantes para o paciente, como:
- sensação de segurança,
- satisfação,
- satisfação,
- confiar.
Para funcionar corretamente, a unidade implementa e deve implementar uma série de processos auxiliares que não têm impacto significativo nos resultados para os pacientes. O método mais eficaz para melhorar processos importantes é o planejamento sistemático e a implementação de programas de melhoria de qualidade contínuos e cíclicos. Isso requer conhecimento específico que vai além do conhecimento médico e o envolvimento mais amplo possível da equipe da unidade nesses programas, acrescentou.
V. Segurança do cuidado (SOC)
Neste caso, enfatizou-se que "os esforços para garantir a segurança do paciente em contato com um indivíduo, médico ou enfermeiro, são o dever primordial de toda organização médica. A máxima atribuída a Hipócrates, o pai da medicina, conhecida em latim como primum non nocere, significa que o primeiro dever dos profissionais médicos é não causar dano, incluindo a garantia da segurança do paciente".
VI. Informações Médicas (IM)
O portador básico da informação médica é a documentação médica, cujo objetivo é fornecer à equipe médica informações importantes sobre o curso do diagnóstico e tratamento do paciente, o que aumenta as chances de tratamento adequado e evita eventos adversos.
Já os prontuários eletrônicos permitem realizar análises dos dados neles contidos, gerar resumos estatísticos e buscar informações específicas que subsidiem a tomada de decisão, como, em especial, a análise automática de possíveis interações medicamentosas. Ao mesmo tempo, foi indicado que os registros na documentação médica também são uma forma de confirmação do trabalho realizado e a base para acordos com o pagador público. Os registros médicos também podem constituir evidência em processos em andamento. É importante que seja conduzido com cuidado e transparência.
VII. Qualidade da gestão (QoM)
De grande importância para a prestação ideal de serviços em cuidados de saúde primários é a preparação da equipe da unidade para trabalhar e cooperar em equipe, e as condições locais devem garantir a segurança e o conforto da equipe que trabalha com os pacientes.
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