Wall Street cai no final da semana

Os mercados financeiros foram dominados pela oferta na sexta-feira, em parte impulsionados pela realização de lucros após o S&P 500 e o Nasdaq Composite atingirem novamente máximas históricas na quinta-feira. A mudança foi atribuída principalmente à crescente incerteza e às preocupações após o presidente Donald Trump anunciar uma tarifa ainda maior, de até 35%, sobre as importações canadenses a partir de 1º de agosto, bem como tarifas de 15% ou 20% sobre outros parceiros comerciais. No início desta semana, os mercados mostraram uma resistência surpreendente aos anúncios de novas tarifas do presidente americano. Andrew Wilson, vice-presidente da Câmara de Comércio Internacional, disse que as últimas medidas pareciam ser um teste de sensibilidade do mercado por parte do governo Trump, que está "muito interessado em atingir a maior taxa tarifária efetiva possível". Os dados de sexta-feira mostraram que as receitas tarifárias dos EUA já ultrapassaram US$ 100 bilhões, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse no início desta semana que espera que elas atinjam US$ 300 bilhões até o final do ano. Especialistas acreditam que isso seria possível com tarifas mais amplas e mais altas.
Os preços dos títulos americanos caíram ao final de uma semana em que o Departamento do Tesouro leiloou um total de US$ 119 bilhões em títulos. O rendimento dos títulos de 10 anos subiu 7 pontos-base na sexta-feira, para 4,42%, o maior em quase quatro semanas. O mercado aguarda os dados de inflação de junho, divulgados na terça-feira.
O valor de 78% das empresas do S&P 500 caiu. A oferta prevaleceu em nove dos 11 principais segmentos do índice. Finanças (-1,0%), saúde (-0,9%) e materiais (-0,75%) apresentaram as quedas mais acentuadas. Energia (0,5%) e bens de consumo discricionários (0,3%) apresentaram os melhores desempenhos.
As ações com melhor desempenho na semana passada foram energia (2,7%), serviços públicos (1,1%) e indústria (0,7%). As piores foram empresas financeiras (-1,8%), fornecedores de bens de consumo (-1,6%) e serviços de telecomunicações (-1,0%).
No Dow Jones Industrial Average, 22 das 30 empresas apresentaram queda. Nike (-2,6%), Salesforce e Visa (-2,3%) apresentaram as maiores quedas. UnitedHealth Group (1,5%), Amazon.com (1,2%) e Chevron (0,7%) apresentaram os melhores desempenhos. Esta última foi o componente do índice com crescimento mais rápido nesta semana, com alta de 5%. A Salesforce, por outro lado, foi a empresa com pior desempenho no Dow Jones Industrial Average nesta semana, com queda de 5,3%. No total, 20 empresas do índice apresentaram queda nesta semana, enquanto 10 apresentaram alta.
Na sexta-feira, 72% das quase 3.300 empresas do Nasdaq Composite caíram. Uma porcentagem semelhante de empresas do Nasdaq 100, mais restrito, registrou queda (-0,2%). A situação foi diferente no "Magnificent Seven", onde a maioria das blue chips de tecnologia subiu. A Alphabet teve o maior ganho (1,45%), enquanto a Meta Platforms teve a maior queda (-1,3%). As ações da Nvidia (0,5%) subiram pela quarta sessão consecutiva, elevando a capitalização de mercado da empresa, que ultrapassou US$ 4 trilhões pela primeira vez na última quarta-feira.
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