PSE: a escala dos investimentos em rede está causando competição por recursos

A escala dos crescentes investimentos em redes elétricas já está causando competição entre operadoras por recursos: materiais, equipamentos e funcionários, disse Agnieszka Okońska, vice-presidente da Polskie Sieci Elektroenergetyczne (Redes Elétricas Polonesas) em Katowice na quarta-feira.
Okońska participou de um painel da conferência Energy Days dedicado às redes de energia na Polônia. Ela observou que todas as operadoras estão realizando e planejando investimentos significativos nessa área: somente o plano de investimentos da PSE prevê gastos de cerca de 60 bilhões de zlotys nos próximos anos.
"Isso ilustra o quão dinamicamente o ambiente está mudando, quão intensa é a pressão sobre investimentos em todo o país. (...) Atualmente, temos um grande canteiro de obras na Polônia, e ele só vai crescer, porque na PSE, por exemplo, o nível de investimento a cada ano quase dobra o anterior", disse ela.
Ela enfatizou que este é um enorme desafio, não apenas financeiro, mas também operacional – inclusive em termos de recursos e materiais. "Acredito que os fabricantes dos equipamentos e dispositivos que instalaremos na rede já estão sentindo a pressão e a grande responsabilidade", disse a vice-presidente da PSE.
Ela acrescentou que algumas operadoras de redes de distribuição já estão reservando transformadores com vários anos de antecedência. "A concorrência está começando a surgir entre nós, embora sejamos monopólios naturais: cada DSO (operadora de rede de distribuição - PAP) tem seu próprio território onde opera e investe, enquanto a PSE tem território que abrange toda a Polônia", lembrou.
"Estamos começando a competir uns com os outros de uma forma que nunca tínhamos antes — por recursos, subcontratados, fabricantes e funcionários. Às vezes, também se trata de dinheiro, mas acho que esse é o menor dos nossos problemas agora", disse Okońska.
Ela também destacou que o nível de investimento por parte das empresas PSE, DSO e produtoras de energia acabará se traduzindo na conta do cliente final.
"Portanto, a enorme pressão sobre todos nós é implementar os investimentos da forma mais eficiente possível, investir nos lugares certos e não investir demais onde não será necessário em alguns anos", alertou. "Antes de investir um único zloty, precisamos prever quais tecnologias prevalecerão em 10 anos, para que não acabemos construindo monumentos que ficarão vazios, sem ninguém para cobrir os custos ociosos", alertou.
- Essas decisões de investimento são extremamente importantes, temos uma responsabilidade extraordinária e levamos esses processos muito a sério - declarou o vice-presidente da PSE.
Ela também destacou que uma certa mudança ocorreu nos canteiros de obras da PSE: enquanto até agora o sul da Polônia estava melhor equipado com infraestrutura de rede devido à localização das fontes de geração, e a energia era transmitida para o norte, agora a situação se inverteu.
"Nossa maior estação, Mikułowa, na fronteira entre a Polônia e a Alemanha, em breve será destronada pela estação Choczewo, que está sendo construída para fornecer energia tanto da usina nuclear em construção quanto de uma instalação offshore que está sendo construída no norte do país", disse Agnieszka Okońska. (PAP)
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