Toni Tolker-Nielsen: A ESA foi fundada há 50 anos para dar acesso ao espaço à Europa

A Agência Espacial Europeia, que opera há 50 anos, já está presente em todas as áreas relacionadas ao espaço: telecomunicações, ciência, exploração, navegação e observação da Terra, resumiu Toni Tolker-Nielsen, Diretora de Transporte Espacial da ESA.
A convenção que estabeleceu a ESA foi assinada há 50 anos — em 30 de maio de 1975. "Foi reconhecido então que a Europa deveria ter seu próprio acesso ao espaço", disse Tolker-Nielsen à PAP. Ele foi convidado dos Dias Europeus do Espaço (Dias do Espaço da UE 2025), realizados em Gdansk nos dias 27 e 28 de maio, um evento organizado pela Comissão Europeia sob o patrocínio da Presidência Polonesa do Conselho da UE.
Tolker-Nielsen lembrou que a ESA foi criada a partir da fusão de duas organizações: ELDO (Organização Europeia de Desenvolvimento de Veículos de Lançamento) e ESRO (Organização Europeia de Pesquisa de Satélites). Ele acrescentou que o avanço simbólico ocorreu em 1979, quando a Europa lançou o primeiro foguete Ariane. Os fabricantes europeus de satélites poderiam então usar foguetes dessa família para lançar seus dispositivos ao espaço e, assim, desenvolver o setor espacial.
Segundo o especialista da ESA, o acesso ao espaço — paralelamente ao desenvolvimento de satélites de telecomunicações — tornou-se a base do que pode ser chamado de economia espacial na Europa. "A Europa não pagou muito pelo que temos hoje", disse Tolker-Nielsen.
Ele lembrou que a agência também implementa um amplo programa de pesquisa científica e exploração espacial. Entre suas realizações mais importantes, ele mencionou missões a Marte, o pouso da sonda Huygens em Titã, lua de Saturno, e o pouso em um cometa como parte da missão Rosetta.
Um dos pilares das atividades da ESA é a observação da Terra, por exemplo, no âmbito dos programas Earth Explorers ou Copernicus. Paralelamente, a ESA também está desenvolvendo tecnologias de navegação. O sistema Galileo – como enfatizou Tolker-Nielsen – é "o sistema de navegação mais avançado e preciso do mundo".
"Como podem ver, estamos presentes em todas as áreas relacionadas com o espaço: telecomunicações, ciência, exploração, navegação e observação da Terra", observou o diretor da ESA.
A agência planeja explorar ainda mais a órbita baixa da Terra e missões à Lua, além de colocar equipamentos, robôs e até pessoas lá como parte de missões tripuladas.
"Também estamos trabalhando em grandes missões científicas para Saturno e outros planetas. Em termos de aplicações, estamos desenvolvendo novos sistemas de navegação e novas missões de observação da Terra", anunciou a Tolker-Nielsen.
A ESA é uma organização internacional que reúne 23 países. Sua sede fica em Paris e emprega mais de 2.500 pessoas. pessoas. As contribuições dos membros individuais são calculadas em proporção ao número de seus cidadãos. O orçamento da ESA em 2025 é de € 7,68 bilhões. A ESA opera com base no princípio do retorno geográfico, ou seja, investe em cada Estado-Membro (por meio de contratos industriais para programas espaciais) um montante aproximadamente igual à contribuição de cada país. A Polônia é membro da ESA desde 2012. (PAP)
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