'ONU corta 6.900 empregos, organização em crise financeira'

Isso fica evidente em um memorando interno que vazou e foi visualizado pela agência de notícias Reuters.

O conselho está tomando medidas para cortar o orçamento global da ONU em 20%. Com base no orçamento anual atual de US$ 3,72 bilhões, isso equivaleria a US$ 744 milhões (cerca de € 656 milhões).

O foco principal dos cortes é a eliminação de aproximadamente 6.900 empregos. O chefe da ONU, Antonio Guterres, disse aos diplomatas no início deste mês que uma grande reorganização é inevitável. Guterres falou de "decisões difíceis e desconfortáveis".

Alguns departamentos serão fundidos, enquanto muitos outros terão que reduzir seu tamanho. O Secretário-Geral português também sugeriu que alguns funcionários poderiam ser realocados para cidades mais baratas. Os departamentos devem apresentar planos de cortes no orçamento até 13 de junho.

Segundo a Reuters, a organização diplomática e política global está agora em uma crise financeira. Um dos principais motivos para isso é a cessação do financiamento dos Estados Unidos, que normalmente representa cerca de um quarto do orçamento e tem sido o maior doador desde que a organização foi fundada em 1945.

Mas, sob o atual presidente Trump, os americanos estão fazendo grandes cortes em organizações humanitárias. Além disso, quase US$ 1,5 bilhão em doações prometidas não foram transferidas para a ONU. Resta saber se isso algum dia acontecerá.

No orçamento proposto pelo governo dos EUA para o próximo ano, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, o financiamento para vários programas da ONU será cortado ou significativamente reduzido.

A proposta de orçamento fala de "missões de paz da ONU perdulárias" e de soldados da paz da ONU "acusados ​​de tráfico de drogas em vários continentes, principalmente na República Centro-Africana, onde soldados da paz contrabandeavam ouro, diamantes e drogas".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também teve que fazer cortes significativos devido à interrupção total do financiamento dos EUA. O país se retirará completamente da OMS em 22 de janeiro de 2026, porque dizem que lidou mal com a pandemia do coronavírus.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, desabafou durante seu discurso no Conselho de Segurança da ONU em Nova York anteontem: