Trump insiste que a assinatura no cartão de aniversário de Epstein não é minha.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou que a assinatura no obsceno cartão de aniversário de Jeffrey Epstein não é sua. "Não é minha assinatura e não é meu jeito de falar", disse ele a repórteres em Washington, após os democratas da Câmara divulgarem o álbum de aniversário de 50 anos do criminoso sexual condenado que cometeu suicídio em 2019, que contém o cartão que Trump supostamente lhe enviou. O álbum está entre os documentos que o espólio de Epstein apresentou ao Comitê de Supervisão da Câmara.

O governo Trump solicitará que um especialista em caligrafia examine a carta de aniversário de Jeffrey Epstein atribuída ao presidente dos EUA. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou isso em relação ao exame que visa confirmar a alegação do governo americano de que a carta não foi assinada por Trump. "Ele não assinou esta carta, e é por isso que a equipe jurídica externa do presidente está processando vigorosamente o The Wall Street Journal e continuará a fazê-lo", afirmou Leavitt.

Desenho pornográfico de Epstein feito por Trump (EBU)

O álbum de recortes com mensagens e cartões comemorativos do 50º aniversário de Jeffrey Epstein contém uma foto dele segurando um cheque especial assinado por Donald Trump, juntamente com uma nota sugerindo que Epstein lhe "vendeu" uma mulher por US$ 22.500. O jornal The Guardian relata que a foto mostra Epstein e Joel Pashcow, cliente de longa data do resort de Trump em Mar-a-Lago , e uma terceira figura, aparentemente uma mulher, cujo rosto está obscurecido na imagem divulgada pelos democratas no Comitê de Supervisão da Câmara. A legenda, aparentemente de Pashcow, diz: "Jeffrey exibe seus talentos precoces com dinheiro e mulheres! Vende 'completamente subvalorizado' (redigido) para Donald Trump por US$ 22.500."

Epstein "também demonstrou suas precoces 'habilidades interpessoais'", continua a legenda. "Mesmo tendo fechado o negócio, não tirei nada da garota!" O cheque é assinado "DJ Trump", em um estilo diferente da maioria de suas assinaturas da época. O Wall Street Journal noticiou que a mulher era alguém com quem Epstein e o presidente "socializaram" na década de 1990. O advogado da mulher disse ao jornal que ela rompeu relações com Epstein por volta de 1997 e não teve nenhum relacionamento amoroso com Epstein ou Trump. Ela não conhece Pashcow e desconhecia a carta, que chamou de "uma farsa repugnante e profundamente perturbadora".