Barrios marca dois gols e Witsel ataca: Atlético esquece o PSG e goleia Seattle por 3 a 1

Pois é! É possível recomeçar depois de uma derrota (contra o PSG). O Atlético de Madrid conseguiu, depois de sofrer quatro gols em sua estreia nesta Copa do Mundo contra o time de Luis Enrique, em Seattle, e encontrou uma maneira de se livrar do Sounders por 3 a 1. Não é uma maneira particularmente complicada, é preciso dizer, dada a modéstia da equipe americana. Mas Simeone ainda pode sorrir, pois assim ele reergueu a classificação do Grupo B e agora pode jogar pela classificação às oitavas de final no último dia contra o Botafogo, comandado pelo ex-jogador da Inter, Correa.
A qualidade geralmente vence: foi o que aconteceu aqui no Lumen Field. E é ainda mais difícil sem uma linha defensiva adequada e um centroavante fantasma. Seattle mostrou falhas óbvias que o Atlético rapidamente conseguiu destacar. Só para dar uma referência: aos 15 minutos do primeiro tempo, os Colchoneros já poderiam estar liderando por três gols, se além do gol de Barrios – grande jogada, seu chute de fora que primeiro tocou o travessão e depois passou da linha – primeiro Alvarez e depois Sorloth não tivessem decidido se distrair, evitando fazer seu trabalho. Os americanos tinham poucas ideias, em um 4-2-3-1 com muita distância entre os setores, uma distância na qual especialmente os pontas espanhóis – Barrios e Giuliano Simeone – conseguiam se infiltrar com facilidade. Seattle não teve nenhum de De La Vega, um jogador considerado promissor há alguns anos, também seguido pela Atalanta. Apenas a pressão exercida por dois meio-campistas, Vargas e Roldan, e a movimentação um tanto anárquica, mas ainda irritante, de Rusnak entre as linhas foram decentes. Sobre Musovski, o centroavante, só houve novidades aos 17 minutos, quando Oblak o defendeu com precisão, lançando-se rasteiro. Do outro lado, Sorloth continuou a disputar o gol, em um primeiro tempo ainda de bom ritmo (também facilitado por uma temperatura ideal para jogar futebol), com os espanhóis sempre no controle e sem sofrer muito na defesa.
Witsel – em campo no lugar de Giménez – mal teve tempo de retornar antes de dar assistência para Le Normand, após Llorente acertar o travessão. Parecia que uma goleada estava começando, mas uma defesa atleticana estranhamente fraca permitiu que Rusnak marcasse o 1 a 2 logo em seguida. A comemoração dos torcedores americanos durou pouco, devido a mais um desastre defensivo: em um lateral, a bola passou perto do segundo poste e Barrios, sozinho, ainda teve tempo de mirar. Fim de jogo. A reação do Seattle se limitou a um gol anulado por impedimento e a algumas explosões ofensivas isoladas. Nem mesmo as substituições permitiram que Schmetzer revertesse a inércia da partida, enquanto do outro lado, Álvarez acertou o travessão e a gestão de Simeone com seus pontos fortes merece destaque. Que venha o Botafogo por uma vaga nas oitavas de final, então. Para Seattle, a honra (e o fardo) de uma terceira partida, novamente aqui no Lumen Field, contra o campeão europeu PSG: é difícil imaginar como eles podem resistir à avalanche francesa.
La Gazzetta dello Sport