Viajar durante a gravidez: quais precauções você deve tomar?

Viajar durante o terceiro trimestre pode ser mais arriscado, especialmente nos últimos dois meses, quando o trabalho de parto pode ocorrer a qualquer momento. Tudo depende do destino e do meio de transporte escolhido para chegar lá.

Em uma gravidez sem complicações, gestantes podem viajar até a 36ª semana. "A maioria das companhias aéreas se recusa a aceitar mulheres no último mês de gravidez (os últimos dois meses no caso de gravidez múltipla)", explica Vidal. Embora algumas companhias aéreas, como a Air France, não exijam atestado médico, outras o solicitam antes do embarque. Portanto, é prudente consultar seu médico para garantir que você possa embarcar no dia da partida.

Para cruzeiros, as empresas são ainda mais rigorosas. Segundo Vidal, "os cruzeiros recusam gestantes com mais de seis meses". O número de semanas pode variar dependendo da empresa; é melhor verificar antes da partida e apresentar um atestado médico recente no dia.

Se não houver contraindicações para uma longa viagem de carro, provavelmente é melhor não dirigir sozinha. Dessa forma, a gestante pode fazer longas pausas para descansar e não ficará sozinha caso ocorram contrações. "Se você dirige, limite-se a uma viagem de cinco ou seis horas com paradas frequentes", recomenda Vidal. Observe que, no primeiro trimestre, náuseas e fadiga podem ser particularmente prejudiciais para uma viagem tranquila.

O trem é uma boa opção para viajar durante a gravidez. Se estiver viajando sozinha, peça ajuda para carregar sua bagagem.

Que precauções devem ser tomadas?

Ao dirigir, o uso do cinto de segurança é obviamente obrigatório. Em caso de trauma direto — como uma freada brusca — pode haver risco de descolamento prematuro da placenta. Lembre-se de posicionar o cinto de segurança firmemente sob a barriga. Durante o terceiro trimestre, dirija com a maior suavidade possível para evitar solavancos.

Durante a gravidez, o risco de trombose venosa aumenta. Em trens, barcos e, principalmente, aviões, não hesite em se levantar e caminhar por alguns minutos, pelo menos a cada duas horas. Movimente-se e mude de posição regularmente. No carro, pare e alongue as pernas regularmente.

Use roupas largas e meias elásticas, se necessário. Hidrate-se regularmente com água e evite diuréticos como chá ou café.

"É melhor evitar países no exterior que possam ser focos de infecções perigosas, onde as condições de higiene são precárias ou onde as instalações médicas são escassas", explicou Tiphaine Beillat, ginecologista da Clínica Mathilde em Rouen, ao site da CAF. Além disso, em caso de infecção, muitos tratamentos são contraindicados durante a gravidez.

Os Hospitais Universitários de Genebra recomendam evitar altas montanhas, acima de 2.000 a 2.500 metros acima do nível do mar. Gestantes correm maior risco de hipóxia — falta de oxigênio.

Férias esportivas também devem ser consideradas com cautela. Atividades que envolvam solavancos, como canyoning, devem ser evitadas. Mergulho autônomo também é contraindicado, novamente devido ao risco de hipóxia.

Antes de embarcar em uma viagem, é recomendável conversar com seu médico, ginecologista ou parteira.

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